Crise do SUS


Diagnóstico do Conselho de Medicina reforça descaso de governos petistas com a saúde, diz Lippi

O Conselho Federal de Medicina (CFM) entregou ao Ministério da Saúde na última semana um levantamento denunciando o abandono do Sistema Único de Saúde. Com cerca de 15 mil páginas, o relatório foi feito em 2.936 ambulatórios e postos de saúde durante dois anos e meio – a partir de janeiro de 2015 – englobando a maior parte do governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). O resultado confirma problemas como a redução do número de leitos, sucateamento, falta de medicamentos, subfinanciamento e má administração.

O jornal Correio Braziliense destaca que o dossiê trouxe à luz carências elementares, ausência de recursos que impedem o atendimento de necessidades básicas. Faltam seringas, agulhas, toalhas de papel, sabonete, estetoscópio, termômetros e, inclusive, consultórios. Há postos de saúde que inclusive funcionam sem um cômodo reservado para consultas.

Médico, o deputado Vitor Lippi (SP) afirma que o diagnóstico do CFM mostra mais uma vez o total descaso do governo do PT com a saúde pública, que se encontra em estado extremamente precário em razão da má gestão petista.

“A redução do financiamento e a má gestão dos recursos fizeram com que o SUS passasse pela sua maior crise de qualidade de serviço. Nós tivemos um recorde de fechamentos dos hospitais públicos nos últimos anos. Em vez de estarmos ampliando o número de hospitais, vem acontecendo o contrário. Ou seja, tivemos aumento da população e redução do número de leitos no país. Isso tudo mostra que o PT não deu prioridade para a Saúde, acabando por comprometer seriamente a estrutura do SUS no país”, lamentou.

Lippi destacou ainda a importância do SUS para a população. Segundo o parlamentar, o legado do PT na área da Saúde compromete não só a vida do paciente que espera por atendimento, mas também do médico, que não consegue obter os instrumentos necessários para realizar sua profissão.

“Nós acreditamos no SUS. O SUS foi um sistema inteligente, mas além de ele estar subfinanciado, nós tivemos uma grande piora da qualidade do sistema de Saúde, quer seja pelo fechamento de hospitais, quer seja pela desatualização dos repasses dos recursos para os municípios brasileiros”, afirmou.

Recuperação

A situação, no entanto, está mudando. Com o fim do governo Dilma, o governo federal vem tentando retomar os investimentos. De acordo com o Ministério da Saúde, em 2016, 43% dos investimentos em saúde foram recursos federais. Somando as três esferas de governo, o gasto público em ações e serviços públicos na área perfazem um total de R$ 248 bilhões, conforme o Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde (Siops).

(PSDB)

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26 julho, 2017 Últimas notícias Sem commentários »

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