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Bancada promove amplo debate sobre denúncia envolvendo presidente Michel Temer
Em reunião comandada pelo líder Ricardo Tripoli (SP) nesta terça-feira (11), a bancada do PSDB debateu democraticamente a ação envolvendo o presidente Michel Temer, na qual os parlamentares puderam mais uma vez expressar as suas opiniões. Após o encontro, Tripoli destacou o amplo diálogo interno em relação ao tema e reiterou a decisão de liberar os tucanos para votarem de acordo com suas convicções na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Após isso, o líder disse que haverá um posicionamento sobre qual será a postura em Plenário.
RESPONSABILIDADE
Para ele, o posicionamento do PSDB tem grande impacto para os rumos do país e, por isso, precisa ser decidido com a maior responsabilidade possível. “Uma decisão como essa acontece gradativamente. É preciso fazer como procedemos aqui. Foram quatro horas e meia de reunião, algo democrático, com direito a contraditório. Fazer uma política de dentro para fora seria o pior que poderíamos fazer. Por isso estamos discutindo esse assunto tão seriamente”, afirmou Tripoli.
O tucano destacou que em reuniões anteriores não só da bancada, mas da Executiva Nacional do partido, a decisão tomada era de manter o apoio ao governo, mas monitorar os acontecimentos. “E estamos fazendo isso”, resumiu. De acordo com Tripoli, o cenário tem se agravado, especialmente com acontecimentos como a prisão dos ex-ministros Gedel Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves e novas delações que estão prestes a sair. Segundo Tripoli, a bancada tem grande preocupação com a situação social e econômica do país, sobretudo com os cerca de 14 milhões de desempregados. Por isso, os deputados estão fazendo uma avaliação minuciosa do cenário atual.
O deputado ressaltou que está mantida a liberação dos deputados na CCJ para votarem de acordo com suas convicções em relação à denúncia contra Temer por corrupção passiva. Para a votação em Plenário, que ocorrerá após a decisão da comissão, o tucano destaca que a maioria da bancada defende a admissibilidade da denúncia, mas pondera que há um parcela contra e, por isso, o diálogo será estendido. “Vamos continuar as conversas até chegarmos a uma decisão se vamos liberar também a votação em Plenário, como já fizemos na CCJ, ou se chegaremos a esse consenso de ter uma posição definida. Após a votação na comissão vamos nos reunir novamente e tomar essa decisão”, reforçou.
(Reportagem: Djan Moreno/foto: Alexssandro Loyola)
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