Tecnologia


Bruna inaugura sistema de videoconferências da CREDN com diretor-geral da OMC

OMCA Comissão das Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) saiu na frente ao inaugurar o primeiro sistema de vídeo conferência entre os colegiados permanentes da Câmara. A audiência em tempo real foi presidida pela deputada Bruna Furlan (SP) e possibilitou o diálogo entre os parlamentares do colegiado presentes no Plenário 3 da Câmara com o diretor-geral Organização Mundial do Comércio (OMC), o brasileiro Roberto Azevêdo, que estava na sede da entidade em Genebra, na Suíça. 

A presidente explicou que este recurso tecnológico irá reduzir consideravelmente custos com deslocamentos e também resolver entraves comuns como problemas de agenda dos convidados. A previsão é que até o final do ano todos os Plenários do Anexo II da Câmara sejam contemplados com esta nova tecnologia. 

“Foi uma grande honra fazer uso pela primeira vez deste sistema aqui na Casa, ainda mais tendo como primeiro participante este brasileiro notável que ocupa pela segunda vez consecutiva o posto máximo da OMC”, comentou Bruna na abertura da audiência pública. Azevêdo foi o primeiro executivo de um país em desenvolvimento a ser eleito para a principal instância que administra o sistema multilateral de comércio. A OMC conta com 160 países-membros.

DESAFIOS

No diagnóstico apresentado pelo diretor-geral há uma preocupação com a baixa velocidade do crescimento da economia mundial. Desde a crise econômica mundial de 2008, existia uma expectativa de uma recuperação mais sólida do mercado global. Mas este cenário não se concretizou.
Para ele, a população de alguns países que têm qualificação para ocupações características do século XX vêm sofrendo mais porque não encontram espaço nos perfis de emprego do século XXI. Azevedo citou inclusive o Brasil. “A automatização leva risco para 69% dos postos de trabalho da indústria brasileira”,
argumentou.

Segundo ele, as novas tecnologias, a maciça produtividade e a inovação permanente em setores da economia têm gerado desemprego, baixo consumo e elevado um sentimento de antiglobalização no mundo. “Mas é uma avaliação equivocada acreditar que o desemprego estruturante está vinculado com a globalização”, defendeu. “Precisamos de mais globalização do que menos”, pontuou.

O diretor-geral da OMC alegou que que cada país deve procurar soluções próprias. Segundo ele há eixos importantes para investir como educação continuada, redes de apoio ao trabalhador, políticas sociais mais abrangentes e a cooperação entre países. Azevedo citou que o Acordo sobre Facilitação de Comércio assinado pelo Brasil é exemplo de soluções efetivas para aumentar a velocidade de crescimento das economias. “Este acordo foi chancelado inclusive pela CREDN e irá reduzir em até 14% os custos do comércio internacional brasileiro”, frisou. O diretor ainda apoiou a iniciativa dos parlamentares que defendem a reforma tributária. “Este é um jeito de enfrentar o problema real da economia”, destacou.

(Da assessoria da deputada)

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29 junho, 2017 Últimas notícias Sem commentários »

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