Mobilização
Em reunião no Congresso, Macris defende ações de valorização da indústria têxtil e de confecção
A Frente Parlamentar Mista José Alencar pelo Desenvolvimento da Indústria Têxtil e da Confecção tem duas pautas de urgência no Congresso Nacional: a reinserção do setor de confecção na MP 774/2017, que desonera a folha de pagamento, e o aumento da alíquota no Reintegra, o programa do governo federal que devolve para as empresas parte dos impostos acumulados na cadeia de produção destinada à exportação.
“Essa é a agenda de urgência”, disse o deputado Vanderlei Macris (SP), líder da Frente na Câmara, durante o primeiro encontro de 2017, no Salão Nobre do Congresso Nacional. Diante de representantes dos diferentes segmentos que compõem o setor têxtil, Macris falou do compromisso de trabalhar para que os setores de grande empregabilidade, a exemplo do calçadista, tecnologia da informação e de confecções, sejam reintegrados a essa MP. “É um momento de integração entre parlamentares e segmentos do setor para a produção de resultados”, afirmou.
Segundo ele, o setor têxtil, e mais especificamente o de confecções, emprega 1,5 milhão de trabalhadores diretos. “É importante mostrar ao governo a luta deste setor de alta empregabilidade, e dar condições para que as demandas possam ser atendidas”.
Macris acrescenta que a desoneração na indústria têxtil não prejudica o ajuste fiscal do governo. “O setor já criou 16 mil novos postos de trabalho este ano e a desoneração é fundamental”, reiterou o parlamentar. Deputados, senadores e líderes do setor que integram a frente têm uma agenda de visitas a ministros para tratar dessas demandas.
Já o deputado Otavio Leite (RJ), coordenador da Frente no Rio de Janeiro, afirmou que a legislação traz um tratamento jurídico diferenciado para a pequena empresa. Segundo o tucano, ele implica em simplificação, redução ou extinção de obrigações tributárias, administrativas, creditícias. “Há um desafio formidável nessa direção”, disse ele.
Relator na Comissão Especial que está debatendo a atualização da lei do Simples Nacional, o tucano disse que é possível criar um capítulo para atender a capacidade de geração de emprego da indústria têxtil. “É uma estrutura formidável e não podemos dispensar isso”. Para ele, a indústria têxtil precisa ser vista como alavanca de desenvolvimento econômico.
NÚMEROS EM ALTA
Os números da indústria têxtil, depois de dois anos seguidos de recessão, indicam uma recuperação. Segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), houve alta de 1% na produção de vestuário, contra queda de 6,7% em 2016.
A produção de têxteis também indica crescimento de 1% contra 5,3% negativos, no ano anterior. A perspectiva é de que o faturamento do setor têxtil e de confecção seja de R$ 135 bilhões. Isso significa um aumento de 4,6%, em relação a 2016.
(Ana Maria Mejia/ Foto: Alexssandro Loyola)
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