Fortalecimento da economia


Diante de queda do Brasil em ranking mundial, Lippi sugere subcomissão para fortalecer competitividade

A perda de posições do Brasil no ranking mundial de competitividade deve ser avaliada criteriosamente para que se possa identificar quais as mudanças possíveis no atual contexto político-econômico. Essa é a preocupação do deputado Vitor Lippi (SP) em relação à queda do Brasil, pelo
sétimo ano consecutivo, no ranking medido pelo IMD (International Institute for Management Development), em parceria com a Fundação Dom Cabral, conforme noticiou a “Folha de S. Paulo”.

O Brasil aparece em 61º lugar de um total de 63 países, perdendo apenas para Mongólia e Venezuela. Em 2010, a nação alcançou o 38º lugar. Para obter dados que permitam uma melhor compreensão sobre a queda, o parlamentar pleiteia a criação de uma subcomissão, no âmbito da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços. Segundo ele, há perguntas que precisam ser respondidas.  “Como está a nossa capacidade de competir com outros países, a elaboração de preços, e a questão da inovação?”, questiona.

Vitor Lippi reitera que a competitividade é absolutamente essencial para a busca de um desenvolvimento sustentável. “Hoje, no mundo globalizado, para que se possa ter um espaço no mercado internacional é essencial ser competitivo. Desenvolvimento é igual competitividade”, disse ele.

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A colocação no ranking mundial de competitividade se traduz na piora de indicadores de desempenho econômico, infraestrutura e eficiência do governo, mas também da percepção menos favorável que os investidores têm do pais.

O papel da subcomissão será o de avaliar quais os parâmetros internacionais adotados e de que forma o Brasil poderá melhorar a sua capacidade de atrair investidores. “A competitividade é um fator essencial para análise do presente e do futuro”, disse Lippi.

Ele considera ser possível analisar o custo de produção no Brasil: a questão da segurança jurídica, a complexidade trabalhista, tributária, os impostos, a questão da logística, a burocracia, sua capacidade de inovar, entre outros. Segundo o tucano, são muitos os fatores que compõem a capacidade de um pais produzir e competir com o restante do mundo.

Vitor Lippi ressalta que a criação da subcomissão deve ser uma preocupação da Câmara. Ele cita que no Fórum Econômico Mundial, no ano passado, o Brasil era o 81º pior país do mundo no quesito competitividade.

“Significa que é muito difícil produzir aqui”, disse. Para o deputado, é essencial analisar item por item, entender os critérios adotados pelas diversas instituições e a partir desse entendimento dar mais atenção à área demandada, promover mudanças para buscar uma agenda estratégica que promova a desenvolvimento e o bem-estar do cidadão brasileiro.

“Se vamos avaliar 20, 30, 40 itens, quais são aqueles que exigem uma atenção maior? Em quais o Brasil está bem, ou está mal ou muito mal para que saibamos sobre o que temos que nos debruçar, debater mais, fazer mudanças”, reiterou.

(Ana Maria Mejia/ Foto: Alexssandro Loyola/Áudio: Hélio Ricardo)

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12 junho, 2017 Últimas notícias Sem commentários »

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