Entrevista
Presidente da Frente Parlamentar Agropecuária, Nilson Leitão diz que o setor vai “acelerar” o Brasil
O deputado Nilson Leitão (MT) assumiu, em fevereiro deste ano, a presidência da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) no Congresso Nacional. Considerada uma das mais combativas e atuantes no Legislativo, a frente conta com 222 deputados e 24 senadores. Em entrevista ao site nacional do PSDB, o tucano contou quais serão suas prioridades de gestão e avaliou o atual cenário brasileiro no que se refere à agropecuária. Leitão também avaliou a postura do PSDB na defesa dos interesses dor produtores brasileiros e revelou as expectativas para o futuro do agronegócio no Brasil.
Confira os principais trechos da entrevista.
Como surgiu a FPA e qual é a importância da frente na defesa dos interesses da agropecuária brasileira?
A frente parlamentar nasceu de um sentimento de muitos deputados e senadores de desburocratizar o setor produtivo no Brasil, facilitar, aprovar e mudar leis que são importantes para o desenvolvimento do país. O setor produtivo é o que mais tem condições de acelerar o crescimento de um Brasil que vinha travado há muito tempo. A frente foi idealizada há muitos anos e aconteceu por inciativa de vários parlamentares.
Depois de criada houve alguma evolução?
O que seria uma Frente Parlamentar passou a ser uma grande força política dentro do Congresso Nacional, que aprovou projetos importantes como Código Florestal e conseguiu ter uma agenda legislativa muito forte dentro da Casa, obviamente, pressionando o Executivo para essas agendas. Essa é a maior frente do Congresso Nacional. É maior que muitos partidos, inclusive. A FPA tem um foco muito forte em defender assuntos republicanos, aquilo que de fato faz o Brasil se desenvolver. O setor produtivo, principalmente a agricultura e a pecuária, sofreu um preconceito enorme durante os governos do PT. Apesar de ser o setor que mais cresceu economicamente, também foi o setor de maior revanchismo e preconceito no governo anterior, que criou todas as dificuldades possíveis e impossíveis para que a agropecuária brasileira não se desenvolvesse. Mesmo assim, da porteira para dentro, o setor foi o que mais evoluiu no país. É claro que falta a parte do Estado e é este o papel do nosso Legislativo.
Qual será o foco da sua gestão agora à frente da presidência?
Nós queremos solucionar problemas que já estão sendo debatidos há muito tempo. A terceirização era uma delas e já foi aprovada, e eu considero que foi uma grande vitória da frente. A segunda é a legislação trabalhista, que está sendo aprovada e tem como relator o deputado Rogério Marinho (PSDB). Depois que conseguirmos aprovar a Lei de Emprego Geral, queremos discutir a Lei do Emprego Rural específica, que também deve entrar em pauta e já está com a comissão especial. Tem também a legislação para a venda de terras para estrangeiros, a legislação de defensivos agrícolas no Brasil, que deveria ser um pouco mais específica e transparente e a legislação tributária, que também faz parte da nossa lista. A legislação previdenciária também queremos abranger, além de participar fortemente da reforma política que é muito necessária para o Brasil.
Na sua opinião, qual é o potencial do setor nos próximos anos diante das reformas estruturantes que estão na pauta?
Com essas reformas o Brasil vai ter mais investimento, mais credibilidade, mais confiança no setor e automaticamente mais dinheiro entrando. Isso significa mais emprego e uma melhora na economia de forma substancial. Destravando essas reformas estruturantes que eu citei anteriormente, eu não tenho dúvida nenhuma que o Brasil terá virado uma página importante para o desenvolvimento.
Como o senhor avalia a postura do PSDB diante do setor? Houve mudanças positivas após a troca de governo?
Com a saída da ex-presidente Dilma Rousseff, a mudança foi de 100% no setor. Foi radical a transformação. Hoje, temos mais transparência e há maior vontade em compreender a realidade destes brasileiros que produzem. O PSDB é um partido desenvolvimentista e quer, de fato, ver o país evoluir, gerar emprego, gerar renda sem travar, tirando esta estrutura de cobrança totalmente equivocada achando que cobrando mais [impostos] se receberá mais. Quando se muda a concepção disto e se prioriza um Estado mais enxuto, o país acaba desenvolvendo. Eu não tenho dúvidas que tanto o novo presidente da República quanto o partido têm a visão muito clara sobre isto.
(da Agência PSDB/foto: Alexssandro Loyola)
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