Refugiados venezuelanos


Shéridan busca solução junto ao Ministério da Justiça para crise migratória em Roraima

A deputada Shéridan (RR) esteve com o ministro da Justiça, Osmar Serraglio, na terça-feira (4) para manifestar preocupação com a situação de Roraima, em especial com o aumento em mais de 22.000% no número de pedidos de refúgio de venezuelanos.31511474711_0d2be13961_k

O impacto social da crise migratória é evidente: diariamente centenas de pessoas – entre elas indígenas e venezuelanos – disputam comida no lixão com um número incalculável de urubus e procuram algo que possam limpar e vender na capital. A grave situação foi mostrada em reportagem especial da “Folha de S.Paulo”, na segunda-feira (3).

Shéridan acompanha de perto o problema e, como destacou em discurso, tem se reportado ao Parlamento com muita preocupação sobre a situação dos refugiados da crise da Venezuela em Roraima.

“O estado está sobrecarregado. Saí agora do Ministério da Justiça, onde estive com o ministro e o Conare, Comitê Nacional para os Refugiados, buscando, juntos, uma solução para essa questão emergencial que aflige tanto Roraima e o Brasil”, relatou a deputada.

Shéridan lamentou o caos que tomou conta do país vizinho por causa do regime comandado por Nicolás Maduro e criticou os últimos atos do presidente. “Na última semana nós vimos o ditador Maduro usurpar o poder, usurpar a condição do Parlamento, roubando da Assembleia Nacional os seus direitos e suas funções, o que afronta e amedronta ainda mais os venezuelanos, que buscam no Brasil (pela porta de entrada que é Roraima) um refúgio”, lamentou.

Na semana passada, sob influência de Maduro, o Tribunal Superior de Justiça da Venezuela assumiu os poderes do Parlamento. A perseguição política, a falta de comida no país e outros inúmeros fatores têm feito com que os venezuelanos deixem o país. A fronteira brasileira com Roraima tem sido o destino de milhares deles. Pacaraima e a capital Boa Vista vivem uma situação inédita com a explosão imigratória.

Como mostrado pela Folha, diariamente venezuelanos e indígenas dividem espaço com urubus, em meio ao mau cheiro, no lixão da capital de Roraima em busca de comida e de algo que possam limpar e vender. Segundo apurado pela reportagem, são cerca de mil pessoas todos os dias, situação que se agravou desde o ano passado, quando a onda imigratória de venezuelanos levou ao menos 30 mil pessoas a Roraima.

Espalhados por Boa Vista, os estrangeiros têm aos poucos se adaptado ao cotidiano do norte do país e alguns já ocupam funções como a de garçom e de caixa de supermercados. A maioria, porém, tem atuado nos semáforos, lavando vidros de veículos ou vendendo frutas e sucos. Assim como os índios oriundos do interior do estado, chegam à capital na esperança de uma vida melhor, mas, em grande parte, encontram enormes dificuldades.

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola)

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5 abril, 2017 Últimas notícias Sem commentários »

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