Estatal em crise
Correios é mais uma estatal que foi “arrebentada” pela administração ineficaz do PT, diz Vecci
Em razão da forte crise que atinge os Correios, o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, não descarta a possibilidade de privatizar a estatal. O ministro não esconde que o governo federal já não tem mais recursos para injetar na empresa. O prejuízo calculado nos últimos dois anos foi de R$ 4 bilhões, e para fechar as contas de 2017 no azul, os Correios já anunciaram o fechamento de 250 agências próprias no país. Além disso, estudam demitir até 25 mil trabalhadores da companhia.
Diante desse cenário, o deputado Giuseppe Vecci (GO) considera a privatização uma saída viável da situação de instabilidade pela qual os Correios passam hoje. “A privatização tem que ser vista como uma possibilidade de prestação melhor de serviço público. Entendo que, para a população, não interessa se o serviço prestado é estatal ou privado. Interessa que seja de qualidade, que tenha um custo pequeno e velocidade”, afirmou.
Em evento no Palácio do Planalto, Kassab afirmou que esses problemas são reflexos de má gestão. Giuseppe Vecci concorda, e acredita que a privatização dos Correios pode reduzir as chances de corrupção e loteamento político dentro da empresa, práticas que foram comuns nos governos do PT. “Eu vejo com tristeza mais um órgão público que foi arrebentado pela administração ineficaz do PT, em especial da presidente Dilma. E o que está havendo aí hoje é essa dificuldade dos órgãos de prestar o mínimo de serviço. Mas eu acho que é possível sim – assim como está ocorrendo com a Petrobras e a Eletrobras – ter gestões eficientes que possam, certamente, reerguer os Correios, e a partir daí, em uma decisão madura e sem pressa, discutir o que pode ser feito pela iniciativa privada, pelo estado, ou por ambos”, ponderou.
Em um parecer feito pelo Departamento Jurídico dos Correios, o controle de finanças da estatal mostra um crescimento expressivo das despesas internas, que saltou de R$ 3 bilhões, em 2006, para mais de R$ 7 bilhões em 2015, somente com folha de pagamento. No mesmo período, a produtividade da estatal caiu de 80 para 70 objetos trafegados por trabalhador.
(Da Agência PSDB, com alterações/foto: Alexssandro Loyola)
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