Inflação no centro
Deputados avaliam que melhora nos índices econômicos sinaliza retomada do crescimento
O mercado financeiro começou a semana com boas perspectivas para a economia brasileira. A estimativa da inflação para o ano baixou de 4,64% para 4,47%, tendo como base o Índice Nacional de Preços ao Consumir Amplo (IPCA), segundo divulgado pelo boletim Focus. O boletim é feito com base em informações coletadas pelo Banco Central em mais de cem instituições financeiras.
Na avaliação de parlamentares do PSDB, essa mudança de perspectiva sinaliza que há uma equipe séria comandando o país e que as medidas já adotadas e as que estão sendo debatidas comprovam a vitalidade da economia brasileira. “Precisamos fazer reformas modernizantes e garantir o equilíbrio fiscal. Essa parte resolvida, a economia brasileira reage por si só”, afirma o deputado João Paulo Papa (SP).
Para ele, o Brasil tem vitalidade, excelentes empresas, empresários e empreendedores prontos para investir. “Eles precisam de segurança jurídica para ampliar investimentos e isso já começa a acontecer”.
O Risco Brasil, medidos por contrato de Credit Default Swap (CDS), caiu mais de 50% nos últimos doze meses. De acordo com o deputado Giuseppe Vecci (GO), a vontade reformista do governo de Michel Temer já provoca sinais de recuperação.
Ele reitera a necessidade de o governo prosseguir na busca por uma economia mais competitiva, com abertura do mercado externo. Segundo ele, essa mudança permitirá avançar na questão de investimentos e na política de concessão. Vecci defende ainda que se faça uma repactuação do estoque da dívida pública.
“Precisamos revisar essa política equivocada do PT de oferecer subsídios e incentivo para determinados setores e focar na abertura de mercado”, reitera. Outra preocupação de Giuseppe Vecci é com a conclusão das reformas. Para ele, embora seja uma questão delicada, é preciso desonerar o consumo e os serviços. “Os tributos inviabilizam a produção”, disse.
Entre as medidas propostas pelo governo estão o limite para a expansão dos gastos públicos, a proposta de reforma da Previdência e as medidas microeconômicas que desburocratizam o país dando incentivo ao empreendedorismo.
Queda no Risco Brasil, bolsa de valores em alta, cotação do dólar frente ao real, todos eles sugerem um país melhor e que está cada vez mais próximo de retomar o crescimento sustentável. “As reformas que o governo colocou em andamento foram decisivas para essa mudança de cenário, principalmente a reorganização das contas públicas”, disse Vecci.
A cotação do dólar e a bolsa de valores também têm bons indicadores: Nos últimos 12 meses, o principal termômetro da Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa) subiu mais de 60%. A moeda brasileira também se fortaleceu no período frente ao dólar. A cotação da moeda norte-americana caiu de R$ 3,93 em fevereiro do ano passado para R$ 3,10, um recuo de 21% no período.
O Produto Interno Bruto (PIB) tem previsão de alta de 0,48%, segundo o mercado financeiro, O governo estima alta de 1%, mas o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, confirmou em entrevista ao jornal “O Globo” que deverá revisar esse número para melhor. Para 2018, os economistas das instituições financeiras estimam uma expansão de 2,30% do PIB (soma das riquezas do país).
(Ana Maria Mejia/ Fotos: Alexssandro Loyola/Hélio Ricardo)
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