Escola Sem Partido


Rogério Marinho: “Doutrinadores acreditam que escola pode ser palanque político”

O deputado Rogério Marinho (RN), presidente de honra do PSDB no Rio Grande do Norte, subiu à tribuna da Câmara dos Deputados na tarde desta terça-feira (7) para defender o programa Escola Sem Partido. Segundo o parlamentar, “nos últimos 13 anos, a doutrinação ideológica se 31924740654_c301424d92_kintensificou”, exatamente no período em que o PT governou o país.

“E os doutrinadores passaram a pensar que a prática é direito do professor. Perderam o pudor. Em uma espécie de delírio, acreditam piamente que a escola pode ser um palanque político e que isso seria um incentivo ao pensamento crítico — um raciocínio evidentemente invertido. A academia tem que ser plural, e a escola tem que representar o sentimento da sociedade”, disse o deputado.

Segundo Rogério, implantar a Escola Sem Partido é apenas um primeiro passo na tentativa de reverter o atual cenário de “horror vivenciado pelos estudantes”, que têm denunciado “essa prática abusiva que fere o Pacto de San José da Costa Rica e a nossa Constituição Federal”.

Na opinião do deputado, os pontos fundamentais do projeto são tão justos e amparados na Constituição que “os inimigos do movimento, para combatê-lo, não tiveram outro remédio senão roubá-los e fingir que o projeto defendia as propostas contrárias”.

Conforme estabelece o Escola Sem Partido, “o professor não se aproveitará da audiência cativa dos alunos para promover os seus próprios interesses, opiniões, concepções ou preferências ideológicas, religiosas, morais, políticas e partidárias; não favorecerá nem prejudicará os alunos em razão das suas convicções políticas, ideológicas, morais, religiosas ou por falta delas; não fará propaganda político-partidária em sala de aula nem incitará os seus alunos a participarem de manifestações e passeatas”.

O projeto também estabelece que, “ao tratar de questões políticas, socioculturais e econômicas, o professor apresentará aos alunos, de forma justa, isto é, com a mesma profundidade e seriedade, as principais versões, teorias, opiniões e perspectivas concorrentes a respeito dos diversos temas”.

Para Rogério, há uma hegemonia de pensamento de um único partido atualmente nas escolas de todo o Brasil. “Nós precisamos cumprir a Constituição e ter uma educação plural”, completa o deputado. “A nossa Constituição determina pluralidade. Nós temos um ensino capenga, dominado por um discurso único. Há uma existência da hegemonia construída no dia a dia para se propagar a voz de um partido e silenciar antagonismos”.

Rogério Marinho alertou ainda para a baixa qualidade da educação do país, confirmada em diversos exames realizados pelo governo federal nos últimos anos. “Os baixos padrões de aprendizagem no nosso país contribuem para a baixa produtividade do trabalhador. É preciso concentrar esforços para superar essa que é a nossa principal mazela, a falta de qualidade na educação, o analfabetismo escolar”.

Na opinião do parlamentar, “se o País quiser realmente ter uma educação robusta que contribua para a geração de inovação e para o aumento de produtividade, ele terá que enfrentar graves distorções de educação básica e fortalecer as redes que efetivamente são responsáveis pelos ensinos fundamental e médio”.

Também é preciso, segundo Rogério, “uma completa reformulação da formação dos professores, com o objetivo de gerar impacto nas salas de aula e alcançar níveis aceitáveis de desempenho escolar por parte dos estudantes. Hoje a formação do magistério é extremamente deficitária, e a grade de formação dos nossos professores precisa ser urgentemente revista. A formação não é feita com evidência científica, ainda é excessivamente teórica e politizada. História, Sociologia e Filosofia da Educação geralmente têm viés marxista ou pós-marxista”.

(Da assessoria do deputado/ Foto: Alexssandro Loyola)

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7 fevereiro, 2017 Últimas notícias Sem commentários »

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