Cenário de melhora

Boas perspectivas na economia demonstram que país está retomando crescimento, diz Vecci

Após dois anos no vermelho, os reajustes salariais deverão voltar a levar vantagem sobre a inflação em 2017. A previsão de economistas é que, na segunda metade do ano, o quadro poderá ajudar a reativar o consumo das famílias. A desaceleração da inflação e a recuperação da atividade econômica, prevista para meados de 2017, devem turbinar o movimento, que se iniciou no segundo semestre de 2016. As informações são do jornal Folha de S. Paulo desta terça-feira (24).

O Salariômetro, da Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (Fipe), destacou que, nos últimos meses, o número de categorias que amargaram aumentos abaixo da inflação no ano passado, que chegou ao pico em janeiro, recuou. No início do ano passado, sete em cada 10 categorias tiveram reajustes abaixo da inflação. Em novembro, eram apenas três em cada 10 categorias as que não tinham aumentos reais (acima da inflação).

Para o deputado Giuseppe Vecci (GO), a notícia é “muito positiva” e demonstra o caminho correto que a economia brasileira está tomando, com a ajuda das reformas estruturantes propostas pelo governo do presidente Michel Temer.

“Com as medidas tomadas pelo atual governo, foi possível reverter as expectativas negativas que tínhamos. É salutar e muito positivo enxergarmos que, apesar do nível de desemprego que ainda temos no Brasil, estamos recuperando salários da classe trabalhadora. Amanhã a luta vai ser recuperar os postos de trabalho que certamente o povo brasileiro precisa para poder continuar avançando”, afirmou.

Na avaliação do tucano, após os 13 anos de desmandos promovidos pelo governo do PT, agora é a hora de retomar o crescimento econômico e acabar com a recessão, que tanto prejudicou os trabalhadores.

“Hoje, com a queda da inflação e dos juros e com a coragem de fazer as reformas estruturantes, podemos enxergar uma luz para a economia. Isso reflete o nível de investimentos que temos pela iniciativa privada. Estamos saindo de um processo de recessão para um processo gradativo de crescimento. E esse processo tem certamente seus efeitos na massa salarial do Brasil. E é por isso que estamos recuperando parcelas de ganho para a classe trabalhadora”, completou.

Segundo a reportagem, o pior momento para os salários ocorreu no primeiro semestre de 2016, dois anos após o início da recessão, em 2014. Entre abril e junho do ano passado, o rendimento médio real monitorado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) recuou 4,2% ante o mesmo período do ano anterior.

Os salários foram impactados tardiamente pela recessão, entre outros fatores, devido à alta da inflação, que entre janeiro de 2014 e janeiro de 2016 subiu de 5% para 11%.

“O PSDB toda vida teve coragem de enfrentar e fazer reformas que foram extremamente positivas e que corroboraram para o crescimento e desenvolvimento do país. Uma delas certamente é o combate à inflação, que corrói o salário da classe trabalhadora. Não só do ponto de vista de uma política de austeridade, mas de uma política voltada a cada vez mais ter a inflação dentro da meta. Queremos e precisamos ter condições de diminuir a taxa de juros, aumentar a oferta de crédito e, consequentemente, ter uma perspectiva maior de investimento e crescimento”, concluiu.

(PSDB/ Foto: Alexssandro Loyola)