Perspectivas melhores
Volta de investimentos de petroleiras demonstra retomada da credibilidade após saída do PT, diz Abi-Ackel
Após um bom tempo longe da costa brasileira, as petroleiras estrangeiras planejam retomar programas de investimentos na perfuração de poços marítimos no Brasil, em busca de novas descobertas de óleo e gás. A expectativa é que grandes companhias do setor voltem a olhar para a exploração no Brasil em 2017, ainda que num ritmo menor do que no início da década, antes do declínio dos preços do barril. Para o deputado Paulo Abi-Ackel (MG), a notícia trazida pelo jornal “Valor Econômico” mostra a retomada da credibilidade do país.
De acordo com a reportagem, a francesa Total e a norueguesa Statoil já anunciaram planos de voltar a explorar o mar brasileiro este ano. As duas estavam sem perfurar poços exploratórios no país desde 2014, quando os preços da commodity começaram a despencar no mercado internacional. Quem também tem intenção de investir é a australiana Karoon.
Segundo Paulo Abi-Ackel, após o fim dos governos petistas no poder, é “quase automático” que os investidores internacionais voltem a se sentir atraídos pelo Brasil. “É um país promissor, que tem muitas riquezas, mas vinha sendo mal gerido pelo PT. Como felizmente ultrapassamos essa fase, a tendência é essa em todos os setores, não só no petróleo – onde está talvez a fonte principal de retorno para a economia brasileira – mas também em outras áreas, como o minério e o agrobusiness. É uma tendência natural. O que está acontecendo é que o Brasil está voltando àquilo que era antes de o PT mostrar seus enormes defeitos, suas péssimas práticas políticas e, principalmente, da sua total falta de preocupação com a gestão do país”, explicou.
O jornal especializado em economia cita que a Total já anunciou que investirá, a partir deste ano, US$ 300 milhões num primeiro ciclo exploratório em águas ultraprofundas na Bacia Foz do Amazonas, na costa do Amapá. A empresa prevê perfurar até nove poços até 2020 na região. Já a Statoil tem como alvo a costa capixaba.
Ainda segundo a reportagem, os investimentos privados são, hoje, a principal esperança de retomada da exploração no Brasil. Em decorrência da dificuldade de aportes da Petrobras, principal responsável por essa atividade no país, a recuperação do setor passa a depender cada vez mais das demais petroleiras, sobretudo das multinacionais, atualmente mais capitalizadas.
O plano de negócios da estatal prevê, na média, investimentos de US$ 1,3 bilhão ao ano no segmento de exploração até 2021 corte de US$ 1 bilhão em relação ao montante que investiu em 2015, valor que já era baixo.
REAQUECIMENTO DA ECONOMIA
Na avaliação do tucano, os investimentos do setor privado internacional são “extremamente importantes” para o país e corroboram a primeira fala do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, de que a atração de investimentos vai reaquecer a economia.
“Isso é o que precisamos hoje, haja visto que o setor privado tem uma velocidade na tomada de decisão muito grande, muito diferente do poder público. O PT passou a péssima impressão para os investidores, quando eles viam que o governo era um emaranhado burocrático, corrupto, sem capacidade de tomar decisões e a Petrobras estava se transformando num instrumento para fraude, para a grande corrupção que ocorreu. Então, as empresas privadas ficaram com receio de passar perto do Brasil”, afirmou.
“A notícia confirma algo que nós já sabíamos: tão logo o governo Temer deu suas primeiras demonstrações, obviamente junto com as ações que estão sendo feitas sem qualquer intervenção do Estado, no caso da Lava Jato e outras investigações, automaticamente o Brasil voltou a ser um país atraente para o mundo dos grandes negócios”, concluiu o tucano.
(Da Agência PSDB, com alterações/foto: Alexssandro Loyola)
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