Pelegos, por Rogério Marinho


O movimento sindical brasileiro foi institucionalizado pela mão do Estado, tutelado e teleguiado pelos interesses de Getúlio Vargas, nos anos de ditadura do Estado Novo. A Lei de Sindicalização, de inspiração fascista, decretada pelo presidente em 1931, marcou e influencia até hoje o comportamento dos sindicatos no Brasil.

Uma boa parte deles é servil aos interesses dos poderosos e funciona como fonte de propaganda política e manifestações encomendadas. Pelegos são os operadores dessas engrenagens. A inspiração totalitária de Vargas consolidou um sindicalismo controlado, que engana o trabalhador e o conduz a ações que servem politicamente ao próprio tutor.

Nos governos Lula e Dilma, o poder dos pelegos multiplicou-se. Hoje no Brasil existem mais de 15 mil sindicatos, muitos vinculados aos interesses políticos do PT. A prática fascista foi adotada em relação aos sindicatos e às centrais sindicais e estendido, com adaptações, a sociedade civil organizada, desde o início das atividades dos petistas. Faz parte integrante de seu modo de fazer política. Muitos autodenominados movimentos sociais, movimentos estudantis, ongs estão girando em torno do poder e dos interesses dos petistas e seus puxadinhos; infelizmente, são apenas satélites.

Durante mais de 30 anos, a turma sindical e partidária do Lula ampliou seu poder dos sindicatos a praticamente todas as instituições da sociedade. Consolidando um atrelamento do tipo pelego em um conjunto diversificado e ampliado de instituições. De quebra reforçou o atrelamento de seu time de sindicatos em 2008, quando o então presidente Lula vetou o artigo que exigia a prestação de contas ao Tribunal de Contas da União da contribuição sindical obrigatória na lei que regulamentou as centrais sindicais.  

Hoje, apesar de ter sido apeado do poder, a voz do partido ecoa em universidades, escolas invadidas, nas hordas do MST, nas invasões do MTST, nas greves de bancários e professores, na pauta de muitas organizações do tipo não governamentais, na boca e na caneta de celebridades e jornalistas. Eles detêm a hegemonia.

Os recentes acontecimentos nas invasões de escolas espalhadas pelo país mostram as consequências nefastas deste tipo de política pelega aplicada pelo PT e seus satélites. É a completa desmoralização do já deficitário ensino nacional. Vandalismo, depredação, drogas, violência e até morte são os frutos podres de uma ação política criminosa. Há muito prejuízo do dinheiro público e vidas com tais ações maléficas. O espetáculo é deprimente.

Afinal os invasores lutam a favor de que? Lutam contra uma reforma que irá dar o direito ao estudante em escolher a área de conhecimento que deseja aprofundar-se? Lutam contra a profissionalização de milhões de jovens que anseiam entrar no mercado de trabalho? Nada faz sentido. Lutam para atrapalhar, desestabilizar e abalar os denominados inimigos.

Foi o que sobrou aos que não querem o bem da Nação: propagação da violência política e uso de inocentes como massas de manobra. Eles repetiram ad nauseam ameaças de incendiar o Brasil caso fossem retirados do poder. Ameaçaram os brasileiros de dentro do Planalto ao lado da ex-presidente Dilma Rousseff. Estão cumprindo, pelo menos em parte, tais ameaças. A sociedade brasileira irá repudiá-los.

(*) Rogério Marinho é deputado federal pelo PSDB-RN. Artigo publicado no “Novo Jornal”. (foto: Alexssandro Loyola)

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7 novembro, 2016 Artigosblog Sem commentários »

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