Sistema falido
Reforma do Ensino Médio deve ser feita com urgência pelo bem dos estudantes, alerta Izalci
O deputado Izalci (DF) destacou nesta quinta-feira (27) a importância da reforma do Ensino Médio, proposta pela Medida Provisória 746/2016. Presidente da comissão mista que analisa a matéria, o tucano lembra que a reforma vem sendo discutida há anos e precisa sair do papel com urgência. “O ensino médio brasileiro está falido. Portanto, é urgente, e o começo é agora. Não dá para esperar mais”, reforçou.
O tucano afirma que o atual modelo brasileiro com 13 disciplinas obrigatórias é uma “jabuticaba”, um sistema falido que só existe no país. Com a flexibilização curricular, o aluno poderá escolher seu caminho. As mudanças ajudarão o jovem a sair da escola com preparo para entrar em uma faculdade ou no mercado de trabalho. “Temos que preparar essa juventude para o mercado de trabalho e também para entrar na universidade, coisa que não ocorre hoje. Então, o que há é muita conversa fiada.”
Izalci rebateu as críticas da oposição de que a reforma vai acabar com disciplinas. Segundo ele, não cabe a uma MP fazer esse tipo de mudança e a decisão será tomada por meio da Base Nacional Comum Curricular. Em relação à ampliação da carga horária, o parlamentar explica que os sistemas estaduais e municipais terão tempo para discutir cada realidade com pais, alunos e professores.
A oposição tem sido irresponsável ao propagar mentiras sobre a reforma, alertou o tucano. Quem perde com isso são os alunos, que perderam anos em um ensino médio falido. “Ficamos ouvimos discursos aqui de pessoas que tiveram 14 anos para fazer a reforma e querem cobrá-la de um presidente que assumiu o governo recentemente, há poucos meses. Querem que se faça em dois ou três meses o que não foi feito em 14 anos”, completou.
Izalci também fez críticas às tentativas de envolver a PEC do Novo Regime Fiscal no debate da reforma do ensino médio. A PEC só precisa entrar em vigor porque o governo do PT quebrou o país nos últimos anos, justificou. Toda família sabe que não pode gastar mais do que recebe, coisa que a gestão petista nunca aprendeu. “Eles acham que podem, toda vida, ficar gastando, desviando recursos. Vejam esse déficit público. Se não fosse a roubalheira que fizeram, não teria esse déficit de 170 bilhões”, declarou.
O deputado convidou os jovens a acompanhar os debates sobre o tema e não se deixar enganar pelas mentiras divulgadas pela oposição. Ele destaca que, no próximo dia 1º, começam as audiências públicas da comissão. Serão ouvidos professores, especialistas, secretários de educação, representantes de entidades estudantis, entre outros.
DEBATE AMPLO
Em 2012, o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) entregou uma proposta e, em 2013, foi criada uma comissão especial para debater as mudanças com representantes da educação em todo o país. O grupo de trabalho do ensino médio concluiu em 2015 o relatório final da proposta. O Consed apresentou o novo documento em 2016 e foram realizados seminários estaduais sobre a Base Nacional Comum Curricular com mais de 10 mil participantes, ressalta Izalci.
Neste ano foi enviada a MP, que criou a Política de Fomento à Implantação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral. Para isso, eleva a carga horária mínima anual, progressivamente, das atuais 800 horas para 1.400 horas. Algumas das principais mudanças tornam facultativo o ensino de arte, educação física, sociologia e filosofia. Essas matérias poderão ser incluídas na Base Nacional Curricular Comum, parte integrante obrigatória dos três anos do ensino médio, que ainda está sendo discutida no Ministério da Educação.
(Da redação/ Foto: Alexssandro Loyola)
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