Conveniência eleitoral
Proposta de Dilma para o setor aéreo é a mesma apresentada por Serra e rechaçada pelo PT
Na sua primeira análise de conjuntura de 2011, o Instituto Teotônio Vilela (ITV) critica a contradição do novo governo ao anunciar que irá editar medida provisória para conceder à iniciativa privada a construção e a operação de pelo menos dois dos principais aeroportos do país.
“É a mesmíssima proposta que José Serra defendeu na campanha de 2010 e que abraçara desde que governava São Paulo. Levada pelo então governador ao presidente Lula, foi rechaçada – com apoio de Dilma, diga-se”, destaca o texto. Segundo a mesma análise, tanto Lula como Dilma repetem práticas do PT “ao fazer no governo aquilo que antes criticavam, na maioria das vezes por puro oportunismo e conveniência político-eleitorais”. Leia a íntegra do artigo “Ser ou o nada”:
Em seus primeiros discursos já como presidente empossada do Brasil, Dilma Rousseff pareceu buscar certo distanciamento de seu tutor. Será ótimo para o país se assim for: o governo poderá sair de cima do palanque onde esteve aboletado nos últimos oito anos para ganhar a sobriedade necessária para enfrentar as graves questões nacionais.
A primeira delas é a preservação da estabilidade econômica. Na posse, a nova presidente disse que se trata de “um valor absoluto” a ser rigorosamente mantido. É uma conversão e tanto para quem até pouco tempo atrás não via na escalada dos preços um dos males mais deletérios para o bem-estar social – nunca se deve esquecer a ferrenha oposição petista ao Plano Real, que extirpou a hiperinflação do nosso convívio.
Embora, como era de se esperar, Dilma não tenha admitido em seu discurso, o governo dela começa com um desarranjo de dimensões consideráveis nas contas públicas, agravado pela espada da “praga” da inflação rondando a cabeça. O índice oficial de preços referente a 2010 deverá encostar no teto da meta prevista para o ano passado, ou seja, 6,5%, a julgar pela prévia conhecida nesta manhã. Carece de remédio.
Não é a única herança maldita de Lula para sua pupila. O governo dele terminou apresentando o pior saldo comercial em oito anos e o pior resultado fiscal para o governo central desde 1998. Isso diminuirá a margem que o novo governo tem para, como Dilma anunciou nas semanas entre a eleição e a posse, diminuir a taxa de juro real brasileira. No próximo dia 19, o Copom deve fazer o contrário, elevando a Selic para diminuir o ímpeto inflacionário. Nota-se, pois, como discurso e prática diferem.
Na posse, a nova presidente acenou à oposição e às parcelas da sociedade que não votaram nela nas eleições do ano passado. Para tanto, parece disposta a renegar algumas de suas crenças recentes, distanciar discurso pretérito e prática presente. É o caso da inflação, mas é também do que pretende fazer para destravar o setor aéreo nacional, a julgar pelo que a Folha de S.Paulo publica em manchete em sua edição desta segunda-feira.
Informa o jornal que a nova presidente deverá editar medida provisória para conceder à iniciativa privada a construção e a operação de pelo menos dois dos principais aeroportos do país: Cumbica, em Guarulhos, e Viracopos, em Campinas. É a mesmíssima proposta que José Serra defendeu na campanha de 2010 e que abraçara desde que governava São Paulo. Levada pelo então governador ao presidente Lula, foi rechaçada – com apoio de Dilma, diga-se.
Como se pode ver, num ponto não há novidade na Dilma que chega agora ao poder máximo da República e seu antecessor: ambos repetem práticas de seu partido ao fazer no governo aquilo que antes criticavam, na maioria das vezes por puro oportunismo e conveniência político-eleitorais. As bravatas petistas de sempre não deixaram de existir.
Se é bom que a nova presidente esteja ensaiando passos autônomos em relação a Lula, é melhor ainda que ela abrace as causas da racionalidade, da moralidade e da ética no trato da coisa pública, como prometeu nos seus discursos de posse e suas primeiras intenções administrativas parecem sugerir.
A chance de o país avançar está na distância entre o governo que acabou no fim de semana e no que terá quatro anos pela frente para mostrar a que veio. Em muitos aspectos, este precisa ser a antítese daquele. A mesma distância separa as chances de Dilma Rousseff ser alguma coisa ou ser mera sombra, um nada.
Com o PT parece ser assim que “Nada se cria tudo se copia…” um desvirtuamento das observações de Lavoiser
No meu entender nós temos uma grande culpa na vitória de DIlma sobre o Serra. Nós, em momento algum, tivemos coragem para defender o governo FHC das criticas do PT. Não tivemos capacidade de mostrar ao povo brasileiro que o que o PT fazia no governo era apenas mudar o nome dos programas do governo Tucano e, lançando-os como novos, assumiam como sua a criação destes.
Espero que neste governo que está se iniciando tenhamos a capacidade de mostrar ao povo a verdadeira face do pessoal do PT que se aproveita da coisa pública em proveito próprio usando um discurso populista para enganar a população mais carente.
Espero, sinceramente que consigamos mostrar ao nosso povo quem, realmente, construiu este programa de governo que aí está.
Amigos, não iludamo-nos, pois é bem sabido que o PT na sua composição possui oportunistas. Há sim pessoas de respeito e que se deva a elas uma consideração, mas nunca na história desse país houve num só governo tanta mentira e marketing pessoal para enganar a sociedade.
Há de se considerar ainda a imcopentência e a covardia bem assumida no último dia de governo do então presidente Lula, ao negar à Itália a extradição de um criminoso. É de se pensar…
Já a nossa Dilma, além de ter um discurso que não conclui, caminhará na mesma linha de oportunismo, naquela de negar e se contrapor a uma boa proposta, e depois aplicar e dizer que a idéia é dela.
Assim como fez o Lula, mentindo que o bolsa família e a estabilidade economica é fruto de sua mente genial. Genial em copiar dos outros…
Outra mentira, é a respeito do Salário Mínimo, onde no final do governo FHC, era de 100 dolares (R$350,00), isso porque o dolar chegou a R$ 3,50, devido a crise gerada pela postura política de Lula na sua campanha, o que gerou incertezas no mercado. Hoje ele se gaba que no seu governo o salário mínimo é de mais de 300 dólares. Veja a mentira, o salário está nesse valor porque os Estados Unidos atravessou uma crise e há no mundo uma “guerra cambial”, e o dolar está na casa de R$ 1,70. Não foi o salário que subiu. Foi o dólar que caiu.
Em 2002, com 100 dolares nós comprávamos para nosso churrasquinho pobre, mas feliz de natal, 100 quilos de costela de boi.
Hoje, com 300 dólares do Lula, compramos 50 quilos da mesma costela.
Há de se considerar, portanto, que no governo Lula, os pobres perderam 50% do poder aquisitivo.
Peço apenas que Deus nos ilumine, e que haja nas decisões da Dilma e seu PT (Perda Total), acompanhada de Zé Dirceu, Palocci e CIA, coerencia…Mas se ela copiar as idéias boas de seus adversários, será, talvez melhor do que uma idéia deles, se é que possuem!
Deus nos ajude!
Já há tempos o PT deixou de ser um partido que defende idéias e coisas boas para o povo.
São adeptos da prática da intriga. Praticam a verdadeira “intriga da oposição”.
Todas propostas que o PSDB apresenta, apenas por ser do PSDB, eles são contra, mas depois, quando se vêem no poder, se apoderam destas propostas, mudando os nomes e mantendo o eixo da proposta. Falam para todos ouvir, que aquela proposta é genuinamente petista. Alardeiam tanto que chega parecer até que inventaram a roda.
Na Cãmara Municipal da Cidade de São Paulo eles chegaram a se juntar com os partidos do Centrão, comandado pelo PR, para se possicionar contra a candidatura do tucano Netinho a presidência da casa.
É vergonhoso, mas é assim que eles agem, difundem um discurso com práticas totalmente opostas, porém, graças as propostas do PSDB, são práticas boas.
Sim, amigos vamos nos acostumando à máxima que diz: (nada se cria tudo se copia), é a especialidade do PT, que acostumou a copiar as idéias TUCANAS
e assumir a paternidade de tudo, na questão dos aeroportos citados na materia acima ela foi fiel à pratica petista. O que alegra-me ser TUCANO é que pensamos no BRASIL, e as vezes abrindo mãos das boas ideias e praticas que faz o BRASIL avançar, apesar do PT, não nos estranhemos se outras propostas do SERRA aparecer na administração Dilma e ela assumir a maternidade, o PSDB precisa defender suas propostas também na mídia quando essas forem adotadas por outros partidos e especialmente pelo PT sem a participação do PSDB.