Em busca da meta

Inflação perde força em junho com nova condução da economia, avalia Giuseppe Vecci

O deputado Giuseppe Vecci (GO) afirmou nesta sexta-feira (8) que acredita na redução dos preços no Brasil desde que o governo continue adotando medidas nesse sentido. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, voltou a perder força e atingiu 0,35% em junho, segundo o IBGE.

Apesar de os brasileiros ainda sentirem no bolso os efeitos do custo de produtos como o feijão, os dados mostram que houve leve melhora. No acumulado de 12 meses, é a primeira vez que o indicador fica abaixo de 9% (8,84%). No ano, o índice acumula avanço de 4,42%.

“As medidas que vêm sendo tomadas acabam dando melhores condições para que a inflação caia”, destaca. O deputado Vecci lembra que a inflação acima da meta ainda é reflexo da trágica condução da economia pelo governo da presidente afastada Dilma Rousseff.

Como mostram os dados do IBGE, todos os grupos de despesa calculados no IPCA tiveram taxas menores de maio para junho. Apenas os itens relativos à comunicação tiveram um pequeno avanço, de 0,04%. Apesar de os preços dos alimentos e bebidas terem subido menos de maio para junho, foram esses gastos que mais pesaram sobre a inflação geral. “Apesar da recessão e dos juros lá em cima, todas as ações para arrefecer a inflação estão sendo tomadas”.

Vecci explica que a melhora geral ainda é muito pequena para ser sentida pelo consumidor. Ele diz que, para haver uma mudança efetiva, será necessário que a equipe econômica continue atuando de forma contundente.

“A equipe econômica tem todas as condições e instrumentos para tomar as medidas mais fortes e conseguir reduzir a inflação. A luta para a retomada do centro da meta criará essas condições. Apesar de entender que ainda é muito pouco, nos deixa com esperança”, destaca.

A previsão do mercado financeiro para o IPCA deste ano é de 7,27%, segundo o boletim do Banco Central mais recente. Essa estimativa ainda é acima do teto de 6,5% e mais ainda do centro da meta, que é de 4,5%.

“Espero caminhar nesse sentido [de voltar para perto da meta] e que o governo apresente o mais rapidamente medidas mais factíveis para a redenção desse quadro da inflação e também do desinvestimento, além de tantos outros quadros preocupantes”.

O deputado explica que, além da inflação, o Brasil sofre naturalmente com a carestia, que também precisa ser combatida. Segundo ele, os preços no país, em geral, já são altos comparados a outras nações e, agora, além disso, os brasileiros estão enfrentando a inflação.

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)