Demora injustificável
Mandado de segurança que pede instalação da CPI da UNE é entregue ao STF
Um mandado de segurança foi apresentado nesta quarta-feira (6) ao Supremo Tribunal Federal pedindo a instalação da CPI da UNE, que visa investigar denúncias de irregularidades no uso de recursos públicos por parte da entidade estudantil. Além de tucanos que integram o colegiado, estiveram no STF representantes do PTB e do PSC. Ao todo, 15 deputados assinam a petição. (leia a íntegra)
Indicado pelo PSDB como integrante titular da CPI, o deputado Bruno Covas (SP) lembrou que o pedido de CPI cumpre os requisitos legais, como o número mínimo de assinaturas e objetos de investigação definidos. Apesar de a criação do colegiado ter sido autorizada há semanas, as reuniões de instalação e eleição da mesa diretora vêm sendo canceladas pela direção da Câmara.
“O presidente em exercício, Waldir Maranhão, não quer instalar a CPI da UNE. Apesar de todos os esforços de vários deputados pelo início dos trabalhos, hoje precisamos recorrer ao STF para que o Supremo obrigue o presidente a tomar essa providência”, disse Bruno Covas.
O tucano voltou a criticar a ação liderada por um deputado do PCdoB também no Supremo para tentar barrar a comissão. “Fica muito claro o vínculo entre PCdoB e a UNE, algo que sempre escutamos nos bastidores, quando vemos os próprios deputados do PCdoB irem ao STF para impedir a CPI. Não vejo problema de investigarmos para onde estão indo parar recursos públicos destinados à entidade estudantil. Queremos saber como este dinheiro é gasto”, completou Bruno Covas.
Além de Bruno, o partido indicou também Elizeu Dionízio (MS) e Daniel Coelho (PE) como titulares. Para a suplência, Izalci (DF), Paulo Martins (PR) e Rocha (AC). Também foram ao Supremo nesta quarta a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) e o deputado Marco Feliciano (PSC-SP). O requerimento de criação da CPI da UNE teve 216 assinaturas, 45 a mais que o mínimo necessário.
(Reportagem: Marcos Côrtes/foto: Alexssandro Loyola)
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