Mais pobres beneficiados
Para Tebaldi, reajuste do Bolsa Família acima do previsto é uma “resposta” ao discurso de Dilma
O presidente em exercício Michel Temer anunciou que o programa Bolsa Família sofrerá um reajuste médio de 12,5% a partir do dia 18 de julho. O valor é bem superior aos 9% prometidos pela presidente afastada Dilma Rousseff em maio. À época, a petista tentava criar uma espécie de agenda positiva para barrar a continuidade do processo de impeachment.
Para o deputado Marco Tebaldi (SC), o anúncio é uma “resposta” aos ataques realizados por Dilma e outros petistas, que afirmaram por diversas vezes que os programas sociais estariam ameaçados caso Temer assumisse o governo federal.
“O PT meio que se apropriou desse programa [Bolsa Família], dizendo que só eles podiam fazer, que nenhum governo nem outro presidente poderia entender e trabalhar essa questão. Acho que o presidente Temer dá uma resposta para isso, dizendo que além de manter ele vai melhorar, dando um aumento superior ao que ela prometeu”, apontou.
“Acho que é uma boa medida que o governo está fazendo, demonstrando que esses programas sociais essenciais são prioritários, e eles vão continuar com qualquer governo. Até porque não foi o PT que criou esse programa, foi o governo do PSDB, do Fernando Henrique”, acrescentou o tucano, se referindo à origem do Bolsa Família, idealizado durante a gestão de FHC por meio de programas como o Bolsa Escola, Auxílio-Gás e o Bolsa Alimentação, por exemplo.
Tebaldi ainda destacou que, além do reajuste, é necessário que o programa seja revisado, para evitar fraudes como a que concedeu o benefício a mais de 500 mil funcionários públicos. “Tem que fazer uma auditoria muito forte, e dar [o benefício] para quem precisa e merece. Não como fazia o governo anterior, que deu para mais de 500 mil pessoas que não precisavam”, salientou.
REAJUSTE SUPERIOR
Na cerimônia de anúncio do reajuste, o ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, explicou o motivo de ter aumentado os valores do programa em um patamar acima do indicado por Dilma. “A crise econômica provocada pelo governo anterior é sentida, sobretudo, pelos mais pobres. Deixá-los perdendo, ano a ano, seu poder de compra seria muito injusto”, destacou o ministro.
O último reajuste nos benefícios do Bolsa Família havia sido concedido em maio de 2014. Desde então, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é de 19,13%. Além dos novos valores do programa, o governo também vai aumentar a linha de extrema pobreza, que passa de R$ 77 para R$ 85. Já a linha de pobreza sobe de R$ 154 para R$ 170.
(Da Agência PSDB)
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