Conversa fiada
Tucanos rebatem Dilma e dizem que ela foi responsável por desastre orçamentário em programas sociais
Como só lhe resta o isolamento político, a presidente afastada Dilma Rousseff tem apelado para acusações contra o governo Temer por situações e problemas que, na verdade, foram causados por ela. Deputados do PSDB afirmaram, nesta segunda-feira (20), que a petista tem usado discursos e estratégias populistas para tentar se manter em cena e atacar o governo interino.
Na última sexta-feira (17), Dilma voltou a acusar o atual governo de “executar um desmonte das políticas sociais”, e citou, entre outros programas, o Minha Casa, Minha Vida. A presidente afastada esqueceu de dizer que ela foi a grande responsável pelo enorme desastre orçamentário deixado no governo, inclusive no Ministério das Cidades, comandado agora pelo ministro Bruno Araújo.
Como já esclareceu o ministro, seriam necessárias quatro décadas para honrar os compromissos deixados por Dilma nas áreas de mobilidade e saneamento. Recentemente, o deputado federal licenciado disse que a gestão anterior foi “a maior passadora de cheques sem fundo da história”. Em postagem no Facebook, a petista afirmou, porém, que o governo atual seria o responsável pelo desmonte dos programas sociais.
Para o deputado Pedro Cunha Lima (PB), a presidente afastada age de forma populista e acusa os outros pelos seus próprios erros. “São artifícios que já não se sustentam. É por isso que ela foi afastada. Trata-se de uma presidente que mentiu nas eleições, que desmontou o Brasil. O PT, sim, desmontou o Brasil e tenta se apegar a esses artifícios da política fácil, do populismo, que em nada contribuem para o enfrentamento dos nossos reais problemas”, criticou.
Na avaliação de Elizeu Dionizio (MS), a petista está isolada e tenta chamar a atenção. “É um grito solitário, pois sabemos que o impeachment é irreversível. E ela sabe também o problema que ela e sua quadrilha trouxeram ao Brasil”, apontou.
Entre os programas sociais, o deputado cita o Minha Casa, Minha Vida para explicar que a realidade é completamente inversa ao que Dilma diz. Conforme ele, o programa era usado de forma eleitoreira e basta observar os números para comprovar isso. “Os lançamento e entregas sempre ocorreram nos anos de eleição”.
Em 2013, véspera do ano eleitoral, o governo Dilma contratou 400 mil unidades na faixa 1 do programa – destinadas à população mais carente. Desde então, o número despencou. Em 2015, foram apenas mil unidades e nenhuma neste ano (até abril). O ministro das Cidades, Bruno Araújo, já esclareceu à imprensa que só na área de saneamento, por exemplo, seriam necessários mais 40 anos do orçamento da pasta para pagar os compromissos que Dilma deixou. Na mobilidade urbana, o tempo sobe para 71 anos. Em suas palavras, a gestão petista deixou o maior número de “cheques sem fundo” de que se tem notícia.
Apesar das dificuldades, o ministro já garantiu que o programa será mantido e é a prioridade da pasta. Segundo Elizeu Dionizio, isso só demonstra que o governo Temer não provocou um desmonte na área social, e sim no aparelhamento político do Estado.
(Reportagem: Djan Moreno/ Fotos: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)
Deixe uma resposta