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“É responsabilidade com a utilização dos recursos públicos”, diz tucano sobre restrição do uso de aviões da FAB por Dilma

O governo do presidente em exercício Michel Temer decidiu limitar as viagens feitas por Dilma Rousseff com aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) ao trecho Brasília-Porto Alegre. Fundamentada em um parecer da Subchefia de Assuntos Jurídicos do Ministério da Casa Civil, a decisão foi motivada pelo fato de a presidente afastada usar as aeronaves para participar de eventos com tom partidário, nos quais a petista usa a estrutura do Estado para fazer campanha contra o impeachment.

A Casa Civil destacou, ao anunciar a medida, que por estar afastada de suas funções como presidente da República, Dilma não tem nenhum compromisso oficial pelo país que demande os voos com aviões da FAB. Para o deputado Raimundo Gomes de Matos (CE), a restrição das viagens feitas pela petista vem ao encontro da necessidade de se cortar os gastos com a máquina pública no país.

“Creio que esse posicionamento da equipe do presidente Michel Temer tem, acima de tudo, uma responsabilidade com a utilização dos recursos públicos, para fazer com que não haja essa gastança de dinheiro para dar à Dilma todas as garantias de gastos com aeronáutica, com passagens, com diárias, para fazer proselitismo, campanha política, para querer desestabilizar o país”, avaliou o tucano. “O aparato todinho é pago com recursos públicos, e nisso que efetivamente a população tem que estar atenta, porque ela estava querendo se utilizar de toda a estrutura, e utilizou trazendo prejuízos para a nossa nação”, acrescentou.

CRÍTICAS DE DILMA

Após o anúncio, Dilma fez duras críticas à medida tomada pela Casa Civil. Em postagem no Facebook, a presidente afastada disse que a decisão é “ilegítima, provisória e interina” e que é um “escândalo” a proibição de usar voos da FAB para ir a outros lugares do país. Na visão de Raimundo Gomes de Matos, a postura da petista é esperada, já que antes de ser afastada ela já indicava que usaria esses eventos para desqualificar o processo de impeachment.

“Já era de se esperar que Dilma iria tentar usufruir da sua prerrogativa para percorrer o Brasil querendo pregar aquilo que ela e os filiados do PT sempre ficam argumentando: que se trata de golpe, de que está se desrespeitando a constituição. E isso não deixa de ser um malefício para o país”, salientou.

“Foi correta [a decisão de Temer], porque antecipadamente ela inclusive já dizia que iria percorrer o Brasil para fazer mobilizações, que a luta não iria parar, argumentando que as manifestações deveriam fazer paralisações, obstruir estradas. Quer dizer, demonstrando um desserviço ao nosso país”, completou o parlamentar.

(Da Agência PSDB/foto: Alexssandro Loyola)