Sair do buraco


Novo presidente da Petrobras reúne condições necessárias para recuperar empresa, acreditam tucanos

PicMonkey CollageDeputados do PSDB acreditam que o novo presidente da Petrobras, Pedro Parente, tem pela frente o grande desafio de reorganizar a empresa, após um período nebuloso marcado pela corrupção e ingerência que terminou com déficit de R$ 450 bilhões.  Em seu primeiro discurso à frente da estatal, Parente afirmou que a Petrobras foi “vítima de uma quadrilha organizada para obter os mais escusos, desonestos, antiéticos e criminosos objetivos”. Segundo ele, crimes foram praticados por pessoas que se valeram de seus cargos para sustentar projetos de riqueza e poder.

O deputado Domingos Sávio (MG) avalia que, infelizmente, a Petrobras demorou em sair das mãos dos corruptos que quase a destruíram por completo.  “O que o Pedro Parente afirmou é a confirmação do que o Brasil todo já sabia: O PT destruiu a Petrobras e o país precisa reconstruí-la. Para isso, será preciso muito trabalho”, alerta o tucano.

Nesta sexta-feira (3), novas informações sobre os desmandos praticados na estatal vieram à tona, como a de que a Procuradoria Geral da República teria documentos que revelam que a presidente afastada Dilma Rousseff tinha conhecimento do teor das negociações envolvendo interesses políticos na compra da refinaria de Pasadena, antes da reunião do Conselho de Administração da Petrobras que aprovou o negócio.

Para Domingos, a Petrobras precisa que o processo de impeachment se encerre, pois enquanto ele estiver tramitando, o PT vai tentar incendiar o país, seja invadindo propriedades e realizando bloqueios de estradas ou propagando mentiras, tentando dificultar o trabalho de recuperação do novo governo.  

Apesar da constatação do novo presidente de que a situação da empresa, de fato, é complicada, parlamentares do PSDB apostam em uma recuperação. Para o deputado Miguel Haddad (SP), as declarações públicas de Pedro Parente mostram que a companhia entrou em uma nova fase.

Ao destacar que é absurdo e inominável o que aconteceu com a Petrobras nos governos petistas, Pedro Parente afirmou que as duas prioridades da empresa serão reduzir o endividamento e investir no pré-sal. O projeto que muda regras do pré-sal será um dos primeiros desafios do novo presidente. A proposta é de autoria do chanceler José Serra e já foi aprovada pelo Senado. Ela retira a obrigatoriedade de a Petrobras ser operadora única no pré-sal, com participação mínima de 30%. Na avaliação de Parente, a regra atual tira da empresa a liberdade de escolher projetos que “atendam seu melhor interesse”.

A intervenção do governo federal na empresa será rechaçada pela nova gestão, especialmente na política de preços de combustíveis, que há pouco tempo era feita para atender a interesses políticos e eleitoreiros.

Para Haddad, os desafios são grandes, principalmente por causa do rombo deixado nos cofres da estatal pela corrupção. Ainda assim, o tucano confia que o primeiro passo foi dado com a escolha, pelo presidente interino Michel Temer, de uma nova administração que reúne competência e responsabilidade.

“O presidente Pedro Parente reúne as condições necessárias para retomar a estabilidade e o crescimento da empresa depois de tudo o que ela passou. Ele já mostrou isso no anúncio das suas prioridades, que se forem colocadas em prática poderão fazer a Petrobras retomar seu papel importante no cenário nacional e internacional”, destacou o deputado paulista.

Se os projetos forem tocados como Parente anunciou, Haddad acredita que “logo teremos uma Petrobras que voltará a ser orgulho para todos”. Para o tucano, priorizar o pré-sal significa ajudar o país a gerar empregos e voltar a se desenvolver.

Segundo reportagem desta quinta-feira (2) do jornal “Folha de S.Paulo”, o novo presidente da Petrobras também descartou a possibilidade de recorrer aos cofres do governo para ajudar a empresa, que convive com déficit de R$ 450 bilhões. “Temos de resolver nossos problemas com os nossos próprios meios. Todos sabem a situação do Tesouro”, disse ao jornal.

Para o deputado Arthur Virgílio Bisneto (AM), a ingerência política exercida pelos governos de Lula e Dilma foi a grande responsável pelo declínio da Petrobras, afundada em dívidas e escândalos de corrupção. Ele também elogiou a indicação de Pedro Parente para a chefia da estatal.

“Foi o que quebrou a empresa. A sede deles de buscar recursos escusos através de contratos fraudulentos e parcerias não tão saudáveis foi um dos motivos que quebraram a empresa. Por isso, a escolha de Pedro Parente foi correta. Ele foi um grande auxiliar do presidente Fernando Henrique Cardoso e tem todas as condições de fazer uma grande passagem pela presidência da Petrobras”, afirmou.

O parlamentar destacou que um dos grandes desafios a serem enfrentados pela nova gestão será colocar um fim à “politicagem” que tomou conta dos quadros da empresa. O tucano ressaltou a importância de funcionários com um perfil técnico, que possam evitar os prejuízos bilionários sofridos pela estatal nos últimos anos, caso da desastrosa compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. 

(Reportagem: Djan Moreno, com informações do Portal do PSDB/ Fotos: Alexssandro Loyola)

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3 junho, 2016 Últimas notícias 1 Commentário »

Uma resposta para “Sair do buraco”

  1. Bom dia e parabéns pelo artigo.

    A Petrobrás deveria pensar em apoiar as exportações do Brasil para a África, como o fizemos na década de 1980.

    A reativação da Interbrás, deveria ser pensada, não para ser cabide de empregos, mas para atuar nas nossas exportações, pelo menos com a África.

    A FCCE, dará todo o apoio!

    SDS
    Roberto Nóbrega
    Vice presidente – http://www.fcce.org.br
    21 9 74690519

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