Sem condições
Imbassahy volta a defender novas eleições para a presidência da Câmara
Continua a pressão para que o presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), deixe o cargo. Criticado por lideranças de várias legendas, o parlamentar reiterou na última sexta-feira que não vai renunciar. Ouvido pela TV Globo, o líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), considera que o caminho para resolver o impasse de vez é a Comissão de Constituição e Justiça declarar o cargo de presidente da Câmara vago. Com isso, haveria nova eleição para o posto.
Para o tucano, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) não voltará mais ao cargo, pois a ação penal contra ele vai demorar meses para ser julgada. “A partir dessa convicção de que há vacância, elege-se um novo presidente da Casa”, declarou ao “Jornal Nacional”.
Há uma semana, Maranhão foi pivô de uma manobra desesperada feita em conluio com aliados a Dilma para tentar barrar o impeachment. Mal recebida no Congresso, a decisão de Maranhão de tentar melar o processo contra a petista foi solenemente ignorada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros.
No dia seguinte (10), os titulares da Mesa Diretora da Câmara, inclusive a deputada Mara Gabrilli (SP), pediram, por unanimidade, a renúncia de Maranhão do cargo de 1º vice-presidente da Casa. A Mesa também propôs a ele, como alternativa, o afastamento temporário do mandato – e, consequentemente, da 1ª vice-presidência – por 120 dias, não prorrogáveis.O parlamentar do PP também é alvo de ação no Conselho de Ética que pede a cassação do seu mandato.
Desde 5 de maio, data do afastamento de Cunha da Presidência da Câmara, o plenário não vota nenhum projeto. Com a ascensão de um novo governo, é fundamental que a Casa retome as votações para que as propostas econômicas sejam apreciadas. A defesa da tese de que o cargo de presidente seja declarado vago e ocorra nova eleição para o posto vem sendo defendida por tucanos desde o afastamento do peemedebista pela Corte Suprema. Se Maranhão renunciasse, haveria novas eleições para o cargo de 1º vice-presidente da Câmara em cinco sessões.
(Da redação/foto: reprodução)
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