Herança maldita


Deputados lamentam legado desatroso deixado por Dilma e apostam em recomeço para o Brasil

hmNa última quinta-feira (12), deputados do PSDB criticaram, em plenário, a herança maldita deixada pela presidente Dilma e o PT. Nesse momento pós-impeachment, os tucanos chamam atenção para a situação desastrosa em que Dilma deixou o Brasil e acreditam que o dia 12 de maio será marcado como uma nova data para a libertação do país.

Para o deputado Domingos Sávio (MG), este dia foi um divisor de águas na história da política brasileira. “O divisor de águas que eu quero defender e pelo qual quero lutar é para que, de fato, possamos entrar num novo tempo. Um tempo em que não haja mais impunidade, especialmente para os governantes que traem os seus governados, que mentem e, mais do que isso, cometem crimes contra o interesse do povo. Isso está absolutamente claro”, declarou.

O parlamentar reforça sua convicção de que a democracia no Brasil está bem constituída, porque as suas instituições estão, sim, funcionando. Para ele, a Câmara, o Senado, o Supremo Tribunal Federal, o Judiciário e o Executivo têm, cada um, as suas prerrogativas, mas devem respeitar os limites da lei. “Faço essas considerações para que analisemos com clareza esta página da história. Nós vivemos numa democracia em que, num processo eleitoral, o povo brasileiro acreditando no que lhe foi proposto, votou em Dilma Rousseff e Michel Temer”, ressaltou o tucano.

Segundo ele, é importante que todos saibam que o poder que é delegado pelo povo, como prevê a Constituição, em nome dele deve ser exercido, respeitando-se as leis. “E para que saibam que a impunidade é algo que não só causa um mal terrível para uma nação, mas também não é compatível com a democracia, com a vida dos homens de bem”, apontou.

Em seu discurso, Duarte Nogueira (SP) declarou que esse foi o dia em que o Brasil se reencontrou com a esperança. “Esse momento é de reflexão. Chegou a hora de nós virarmos a página e começarmos um novo capítulo de uma nova história para o nosso país”, defendeu.

O deputado apontou números que mostram o desastre da era petista. “Além da inflação, o PT deixa uma taxa de juros de 14,25%, um déficit galopante da nossa Previdência, o desemprego, que toma conta principalmente dos mais jovens, que são os que mais sofrem pela falta de oportunidades. As taxas de investimento caíram e o dólar, que em 2012 custava R$ 2,05, chegou a bater na casa dos R$ 4, simplesmente pela insegurança e incerteza que esse governo ofereceu para o nosso país”, enumerou.

Duarte destacou que o novo governo terá a grande missão de propor mudanças profundas e necessárias para que o país possa se reerguer. Para ele, o compromisso com o bem público deve nortear as ações da nova gestão. A responsabilidade com a saúde fiscal do país deverá ser prioridade.

“A herança perversa que o PT nos deixou não será maior do que a nossa vontade de reconstruir um Brasil muito melhor do que eles deixaram. Sabemos que não será fácil. Na verdade, teremos momentos difíceis, mas juntos podemos ir longe. Somos um povo criativo, trabalhador e esperançoso, não entregamos as pontas assim de mão beijada”, declarou o tucano.

Silvio Torres (SP), por sua vez, disse que o momento é de renovação de compromissos. “Como parlamentar meu compromisso é lutar pelo povo brasileiro, de adotar todos os esforços para tirar o país da crise profunda em que mergulhou. Vamos dar as mãos. Não é hora de pensarmos nem individual, nem partidariamente. É hora de pensarmos no povo brasileiro”, pregou.

O deputado Izalci (DF) também se manifestou sobre a transição do governo. “Hoje [ontem] começa um novo momento, com muita responsabilidade. Cabe a nós contribuir para resgatar o país e melhorar as condições de emprego, que eu penso ser a prioridade de todos nós, parlamentares. Espero que possamos resgatar a esperança do povo brasileiro”, disse.

(Reportagem: Elayne Ferraz/fotos: Alexssandro Loyola)

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13 maio, 2016 Últimas notícias Sem commentários »

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