Transparência
Aprovado pedido de Gomes de Matos para fiscalização de contrato de concessão da Transnordestina
O deputado Raimundo Gomes de Matos (CE) criticou nesta quarta-feira (27) o descaso do governo federal com a construção da Ferrovia Nova Transnordestina. O tucano é presidente da comissão externa da Câmara que acompanha as obras da ferrovia e avalia como negativa a atuação do governo petista no empreendimento.
“Como as demais obras do PAC, existe um atraso bastante significativo e falta de planejamento por parte do governo. O ex-presidente Lula e a presidente Dilma, nos períodos eleitorais, sempre estiveram nas regiões das obras, com certeza com a finalidade de se manterem no poder”, apontou.
A comissão externa que acompanha as obras da ferrovia aprovou nesta quarta-feira (27) um requerimento de autoria do deputado Gomes de Matos que pede o envio ao Tribunal de Contas da União de solicitação de fiscalização do contrato de concessão da ferrovia.
A ferrovia Transnordestina, com 1.728 quilômetros de extensão, foi planejada para levar até os portos de Pecém (Ceará) e Suape (Pernambuco) a produção agrícola do cerrado do Piauí, especialmente soja, e interligar esses portos à Hidrovia do Rio São Francisco (Petrolina). A linha férrea partiria da cidade piauiense de Eliseu Martins até Salgueiro, no sertão pernambucano, com ramal até Petrolina. Em Salgueiro, a Ferrovia Transnordestina se dividiria: um braço seguiria até o litoral pernambucano e o outro até a costa cearense.
Segundo o tucano, apesar do expressivo volume de recursos públicos já aportados, a obra hoje se encontra praticamente paralisada, o que demanda atenção especial do Congresso Nacional, no que diz respeito à missão constitucional de exercer o controle externo. Ele ressalta que o objetivo da comissão visa à retomada imediata da obra.
O parlamentar ressalta que vão ser convocadas várias entidades para verificar o que tem ocorrido, principalmente com a parte econômica e com os atrasos nas obras. Gomes de Matos afirmou que está prevista uma audiência com o presidente do TCU para a próxima terça-feira, com a intenção de que todas essas dúvidas sejam esclarecidas e irá pedir para que uma nova auditoria seja feita.
“O que não pode são os estados terem se preparado para receber os benefícios que a Transnordestina irá gerar e os tais benefícios não se concretizarem. E o pior, nem tem uma data exata, um calendário físico e financeiro concluído”, justificou o tucano.
(Reportagem: Elayne Ferraz/ Foto: Alexssandro Loyola)
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