Fim do governo


Tucanos defendem reconstrução nacional e rebatem críticas ao processo de impeachment

Em discursos proferidos nesta quarta-feira (27) no plenário da Câmara, deputados do PSDB apontaram a necessidade de uma reconstrução nacional após a iminente aprovação, pelo Senado, do afastamento da presidente Dilma. Os tucanos rebateram as afirmações infundadas de defensores PicMonkey Collageda petista de que o impeachment seria um golpe e ressaltaram que os mesmos brasileiros que votaram em Dilma votaram em Michel Temer para vice-presidente. Para os deputados, são os governistas quem cometem golpe contra o país, a exemplo do que fazem paralisando os trabalhos do Congresso Nacional.

O deputado Luiz Carlos Hauly (PR) avalia que o Brasil vive um momento em que é preciso começar a “pensar no futuro do país novamente”. Segundo o tucano, a provável aprovação do impeachment pelo Senado faz com que a esperança seja retomada pela população brasileira.  Hauly afirmou que a Câmara cumpriu com seu papel ao votar e aprovar a continuidade do processo. Segundo ele, agora, o grande desafio será reestruturar um país que está quebrado, cheio de desempregados e inadimplentes.

Play

“Queremos discutir e participar do processo de reconstrução do país. O Brasil precisa de uma reengenharia, uma reconstrução, uma recomposição, que envolva uma nova estrutura administrativa do governo federal, das estatais, dos estados e dos municípios, com definição de novas atribuições e repactuação de competências, e de um novo sistema tributário”, sugeriu Hauly. 

O tucano disse, em seu discurso, que o atual modelo administrativo do país não é capaz de prover os benefícios de serviços e obras públicas à sociedade. “A União, os estados e os municípios perderam a capacidade de poupar, de investir e de fazer uma boa gestão, com eficiência e eficácia. Então, é preciso recompor, reconstruir o Brasil. Vamos redesenhar o Brasil, se é que esta será a vontade do novo governante que virá após este que é o pior governo da história do Brasil, incluindo aí a governante, o seu partido e seus principais aliados, até o ex-Presidente Lula”.

Para Lobbe Neto (SP), a presidente Dilma e aqueles que ainda a apoiam pregam a tese de que os 54 milhões de votos não podem ser ignorados, mas esquecem de dizer que os mesmos votos foram também para o vice Michel Temer.

“É uma mentira deslavada o que pregam. Os votos foram da chapa com o vice. Ou seja, a população votou nos dois. Eles foram escolhidos, o PMDB e também o vice-presidente, porque o PT os quis para ter tempo de TV e ganhar a eleição, senão nem a eleição teria ganho. Por isso, impeachment já”, defendeu.

Também em pronunciamento, o deputado Ricardo Tripoli (SP) lamentou que em um momento tão complicado para o país, os partidos que tentam salvar a presidente Dilma (PT e PCdoB) impeçam que a Câmara vote propostas de interesse nacional. O tucano destacou que o próprio governo tem editado medidas provisórias, que devem ser analisadas e votadas com urgência pelo Congresso, mas os parlamentares dessas legendas estão obstruindo as votações.

“O governo manda medidas provisórias para a Câmara Federal, e a bancada de sustentação, a bancada do PT entra em obstrução, ou seja, o golpe dado no país é paralisar o Congresso Nacional”, apontou.

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)

Compartilhe:
27 abril, 2016 Últimas notícias Sem commentários »

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *