"Vácuo de poder"


Betinho Gomes defende agilidade no julgamento do impeachment no Senado

26201404130_3c9e5e8b3b_zNo dia seguinte à indiscutível aprovação por 2/3 pela Câmara dos Deputados (367 x 137), da admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma (PT), o deputado Betinho Gomes (PE) ponderou que a crise que o país atravessa não será superada imediatamente e defende que o Senado se apresse em resolver o julgamento para que o Brasil não passe por um “vácuo de poder”, o que seria pior.

“É preciso que a pressão, que é natural, continue. Até porque não dá para o país ficar nessa espera. O Senado precisa cumprir seu papel de abrir o processo de afastamento da presidente. Ou confirma, ou rejeita. Não pode é ficar esse vácuo de poder porque é muito ruim”, alertou.

Após a leitura da decisão tomada pela Câmara, os senadores terão 48 horas para formar a comissão que analisará o pedido de impeachment, num prazo de 10 dias, e assim elaborar um relatório que será votado na própria comissão e depois no plenário.

O parlamentar fez questão de reafirmar que todo o processo de impeachment, transcorrido na Câmara, contou o aval do Supremo Tribunal Federal (STF) e seu desfecho está fundamentado em argumentações jurídica e política.

“A presidente Dilma cometeu crimes de responsabilidade porque promoveu um rombo nos cofres públicos de 70 bilhões com as chamadas pedaladas fiscais, decretou solicitação de gastos sem autorização do Congresso, e pelo conjunto da obra, levou o Brasil a uma situação de insolvência fiscal. Por conta disso, é que houve condições de apresentar o processo de impeachment. Não há golpe. Fizemos o que deveria ser feito do ponto de vista institucional. Claro que é um processo traumático, mas é necessário para buscar a superação dessas dificuldades. Acredito que nossa democracia amadureceu com tudo isso”, disse Betinho.

Representante do PSDB no Conselho de Ética da Câmara, que analisa o processo de cassação do mandato do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB), Betinho Gomes reafirmou o compromisso do partido de continuar na luta para resolver esse impasse. “O PSDB vai continuar lutando no Conselho de Ética para afastar o presidente da Câmara Não vamos arredar o pé desse compromisso”.

Sobre um provável governo de Michel Temer (PMDB), o tucano reforçou o entendimento de que o PSDB não deve participar do governo, mas apoiá-lo em medidas necessárias para tirar o país da crise. “Vou defender, e acho que é o sentimento da maioria, que o partido não participe do governo. Devamos apoiar uma agenda que for apresentada, de acordo com nossas convicções, às medidas necessárias para tirar o país dessa crise. Mas não acho conveniente participar do governo. Nosso movimento não foi por cargos. O PSDB não é beneficiário direto desse processo”.

(Da assessoria do PSDB-PE)

Compartilhe:
18 abril, 2016 Últimas notícias Sem commentários »

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *