Mentira compulsiva
Dilma mentiu e enganou a população brasileira, diz deputado Nilson Leitão
Em discurso nesta sexta-feira (15), o deputado Nilson Leitão (MT) foi taxativo: segundo ele, a mentira marca o governo da presidente Dilma desde o período eleitoral. “Ela mentiu e enganou o seu povo.O que ela fez com a sociedade brasileira não tem como mensurar”, lamentou, acrescentando que anos de cadeia não compensam a morte de sonhos e de esperanças. Ele ressaltou que com a ambição e o desejo de se manter no poder fez valer o “vale-tudo”.
E no vale-tudo, a presidente afrontou a lei, apontou o tucano. De acordo com dados do Tribunal de Contas da União, ela gastou mais do que recebeu e mentiu em sua contabilidade. Segundo Nilson Leitão, a petista transformou a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil em intermediários de contratos. “Eles não podem bancar a festança do PT e da própria presidente Dilma”, criticou. Em tom irônico, comparou a atitude da presidente à decisão do cidadão de não pagar o cartão de crédito e simplesmente dizer: “segura aí 15 meses, o dinheiro é público”.
A Constituição e a Lei de Responsabilidade Fiscal preveem impedimento para a presidente da República que comete crime de responsabilidade, ressaltou. E impeachment não é golpe. “O golpe é a mentira. O golpe é aqueles que se aproveitam da boa fé do brasileiro”, reitera Leitão.
Além do crime de responsabilidade, para o deputado mato-grossense há muitos motivos para Dilma ser impedida de prosseguir no cargo: incompetência, inoperância, corrupção, falsas promessas. “E se há crime, não há golpe”, disse ele, alertando para as más consequências para o pobre, para o operário, para o jovem estudante e para o idoso aposentado.
PREJUÍZO AOS MENOS FAVORECIDOS
Na avaliação de Nilson Leitão, os menos favorecidos serviram de escada para o PT galgar o sucesso. Na sequência, o governo petista não hesitou em mandar para o Congresso projetos de lei que tiraram direitos dos trabalhadores e afetaram os aposentados, sem contar as ações que colocam em xeque o slogan “Pátria Educadora”, com o corte no programa de financiamento estudantil (Fies). “Em 2014, na campanha eleitoral, dobrou o volume de recursos para o Fies. Em 2015, logo depois das eleições, corta o sonho de brasileiros pobres que queriam a universidade financiada com o dinheiro público”, relembra.
SONHO DESFEITO
Nilson Leitão citou como exemplo uma situação hipotética, na qual uma senhora aposentada de 75 anos, que recebe apenas um salário, decide votar em Dilma como se fosse o passaporte para uma nova vida. Ela acreditou nas promessas da presidente da República. “Vota com esperança, sonhando com aquela creche que foi prometida aos seus netos, com uma vida melhor aos aposentados”.
“Dali a alguns dias, chega a notícia: energia mais cara, o combustível aumenta, a inflação e os juros sobem. Isso mata o sonho dessa velhinha. Portanto, o impeachment da presidente Dilma é também pela sordidez de um partido que passou uma história contando esperança e pregando revolução”, afirma Nilson Leitão.
FIM DO APARELHAMENTO
O deputado afirmou ainda que em 13 anos o PT ficou rico. Assim como alguns de seus militantes, aqueles que enganaram operários, que mentiram para o povo e continuam mentindo, com o único objetivo de ficar no poder. Ao encerrar o discurso, o tucano criticou essa divisão artificial entre os adeptos ao impeachment e os contrários, como se fosse uma escolha ideológica, entre os que têm mais recurso e aqueles que têm menos.
“O impeachment da presidente contraria o discurso que PT pregou até agora, dividindo a sociedade em classes, cores, religiões. Será o ponto de reunificar, unir o nosso povo, e fazer o Brasil um só”. Leitão reiterou não querer ouvir o outro lado do Plenário dizer que a oposição não ama o Brasil. “Nós amamos esse país e tenho certeza que vocês também amam”, disse o parlamentar, para quem essa história se encerra neste domingo, quando todos votarem a favor do Brasil e de cada brasileiro que quer um Brasil melhor.
(Reportagem: Ana Maria Mejia/foto: Alexssandro Loyola)
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