Perseguição
Arthur Virgílio Bisneto defende impeachment e denuncia corte de recursos para a cidade de Manaus
Favorável ao impeachment de Dilma, o deputado Arthur Virgílio Bisneto (AM), vice-líder da Minoria, subiu à tribuna da Câmara Federal, nesta quarta-feira (13), em Brasília, para dizer que a Presidência da República está perseguindo politicamente a Prefeitura de Manaus. Segundo o deputado, nesta semana, todos os empréstimos feitos pelas prefeituras e aprovados pelo Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (Bird) foram liberados, menos o de Manaus. Para obter o empréstimo, basta a assinatura da presidente Dilma e a aprovação do Senado Federal.
O empréstimo de US$ 150 milhões, aprovados pelo Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (Bird) ao Executivo Municipal, seria para aplicação nas áreas de infraestrutura, educação, sistema de gestão, inclusão social e geração de renda – mobilidade urbana e o sistema de transporte coletivo são os assuntos mais urgentes, conforme anunciou a Prefeitura de Manaus.
“Empréstimos que são feitos pelo Bird não retiram R$ 1,00 do Tesouro Nacional. Eu faço uma denúncia para conhecimento da Casa e daqueles indecisos em relação a sua posição no domingo, do que fez a Presidente Dilma com a cidade de Manaus. O prefeito Arthur Virgílio solicitou empréstimo ao Bird, e todos sabem que tem que passar pela Casa Civil antes de ir ao plenário do Senado, e era o primeiro da fila de acordo com o próprio governo. Enrolaram, o tempo passou, e para nossa surpresa, na segunda-feira, todos os empréstimos internacionais foram assinados pela Casa Civil, menos o de Manaus. Que culpa tem o povo manauara? Por que está sendo punido pela Presidente? Que culpa têm os mais de 2 milhões de habitantes da minha cidade de ter votado em alguém que foi líder da Oposição no governo Lula? Se isso é um crime, será que não vai prescrever nunca? Querem punir o prefeito Arthur, mas na verdade punem o povo manauara. É uma pena que este governo não perceba a sua importância, não seja democrático nas suas ações”, desabafou no plenário.
Bisneto lamentou a atitude da presidente Dilma em distratar a população pensando apenas na sua posição política. “Este governo termina no domingo, porque o Brasil não aguenta mais passar por situações como essa. Houve crime de responsabilidade e o único discurso do governo: “golpe!”. E digo mais, no dia seguinte, eu quero ver tirarem a presidente Dilma de dentro do Palácio, vai querer causar constrangimento às pessoas”, declarou, lembrando ainda que, no domingo, seu voto será favorável ao impeachment.
“Foi prometido a Manaus esse empréstimo, mas talvez pelo meu voto a favor do impeachment e talvez pelo prefeito Arthur ter sido um grande opositor ao ex-presidente Lula, Manaus foi punida, infelizmente. Fica o recado para aqueles indecisos: dos que votaram contra o impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello, só dois estão nesta casa hoje, dos 38. Naquele momento, 36 carreiras acabaram. Eu alerto aqueles ainda indecisos: não joguem suas biografias, suas histórias no lixo. Quem apoiar este governo vai pagar muito caro nas próximas eleições. Não digo nem nas eleições municipais, mas na hora da renovação dos seus mandatos. Infelizmente, é esse o governo que estamos assistindo acabar. Vai acabar porque não tem a confiança do mercado brasileiro, mercado financeiro melhora em momentos que o governo está mal, mercado financeiro passa por dificuldades no momento que o governo respira um pouco. Vai acabar porque não dá mais para o povo brasileiro assistir, das suas casas, às suas vidas serem jogadas ao relento no processo político que só valoriza àqueles que estão ao seu lado”, completou.
Arthur disse que o governo precisa mudar o discurso ao invés de acusar a população de “golpe”, eles deveriam apresentar uma agenda positiva para tirar o Brasil da inércia. “ Desemprego aumentando, alguém do governo, nos últimos tempos, citou em algum momento? E eu faço o desafio, alguma agenda positiva para o Brasil nos últimos meses? Ou só falam a palavra ‘golpe’? “Sr. Presidente, é golpe!”, “Sr. Presidente, é golpe!”. Mudam os atores, mudam os partidos, mas não muda o discurso. Porque a tentativa dos que dizem que o que vai acontecer no domingo é um golpe, é a tentativa de constranger uma população que está maioritariamente a favor do impeachment”, finalizou.
(Da assessoria do deputado/ Foto: Alexssandro Loyola)
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