Pelo fim das desigualdades
Em sessão solene, tucanos apontam desafios no combate à discriminação racial no país
A Câmara realizou nesta terça-feira (22) uma sessão solene para debater a discriminação Social no Brasil e comemorar o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial. O deputado Bonifácio de Andrada (MG), em nome da liderança do PSDB, destacou a importância do tema. “Esse é um assunto muito rico e importante, pois desperta discussões e se revela de extrema importância para a comunidade brasileira”, afirmou durante a cerimônia realizada no Plenário Ulysses Guimarães.
O parlamentar defendeu que o Brasil avance no combate às desigualdades ainda existentes. “Há uma necessidade do nosso país de estabelecer uma política de igualdade social que contenha alvos concretos e objetivos, que possam dia a dia mostrar a importância do negro, não só individualmente, mais sobretudo na grande contribuição que vêm dando para a história do Brasil”, justificou.
Ele destaca que, por muito tempo, lideranças da nossa história demonstraram um apoio muito grande à igualdade racial e ao avanço dos negros na sociedade brasileira. O tucano relembrou alguns dos grandes movimentos pela libertação dos escravos de origem africana e importantes figuras históricas trabalharam nesse sentido como, José Bonifácio de Andrada e Silva e a princesa Isabel, que assinou a Lei Áurea em 1888. Bonifácio defendeu ainda que seja ampliada a presença dos brasileiros de pela negra nos espaços acadêmicos e o acesso à educação de qualidade.
Também esteve na sessão Juvenal Araújo Júnior, presidente nacional do Movimento Negro do PSDB (Tucanafro). Ele falou sobre a realidade vivida pelo negro no Brasil. “Somos mais de 50% da população brasileira, mas nós ainda estamos invisíveis nos cargos de poder no Brasil”, lamentou.
Ainda segundo ele, enquanto em 2015 houve redução de 9,8% no número de assassinato de mulheres brancas, no mesmo ano o aumento no assassinato de mulheres negras cresceu 54,2%. Ele também ressaltou que as cotas raciais no Brasil devem ser melhor distribuídas.” Nós precisamos que as cotas no serviço público também sejam para cargos comissionados”, argumentou.
(Reportagem: Elayne Ferraz/foto: Alexssandro Loyola)
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