Puro escárnio

Oposição vai ao Palácio do Planalto e protesta contra nomeação de Lula para ministério

Deputados de oposição promoveram nesta quarta-feira (16) uma manifestação em frente ao Palácio do Planalto para expressar indignação com a nomeação de Lula para a chefia da Casa Civil. Os parlamentares levaram uma faixa com uma frase dita pelo petista em 1988 como símbolo do repúdio com a manobra política de Dilma: “Quando um pobre rouba, vai para a cadeia, mas quando um rico rouba, vira ministro”.

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“Passamos uma mensagem para a presidente Dilma, que é o sentimento de indignação da população com este ato de nomear Lula, denunciado por crimes praticados no petrolão. É uma vergonha, um tapa na cara da população. Deixamos lá a mensagem e ela agora vai ler este sentimento”, destacou o líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), após o protesto.  Vários deputados tucanos participaram das manifestações.

Quando os deputados chegaram à Praça dos Três Poderes, um grupo de manifestantes já estava em frente ao Planalto protestando contra a nomeação. Eles levaram bandeiras, faixas, miniaturas do boneco “Pixuleco” e gritavam palavras de ordem, como “O Brasil não é do PT”, “Fora, PT” e “Lula, ladrão, seu lugar é na prisão”.

À medida que a noite foi chegando, mais manifestantes chegaram ao local, enquanto muitos motoristas buzinaram em manifestação de solidariedade e mostraram miniaturas do boneco de Lula vestido de presidiário. Ao lado da pista, havia uma faixa com os dizeres “Lula na cadeira, buzine”.

Um forte esquema de segurança restringia o acesso às proximidades do Palácio, mas os deputados entraram e cantaram o Hino Nacional na lateral do edifício, ainda distante do pilotis. O acesso da imprensa também foi restrito, o que atrapalhou a cobertura da manifestação. Ao final do ato, o deputado Bruno Araújo (PE) manifestou solidariedade à imprensa, “que teve proibido o acesso ao Planalto para fazer seu trabalho.”

Para o deputado Otavio Leite (RJ), a frase expressa na faixa é simbólica. “Ela inspira a sociedade brasileira a ficar indignada com o que está acontecendo”. Também presente, João Campos (GO) disse que o Palácio do Planalto não pode ser esconderijo de ladrões e corruptos. Para Caio Narcio (MG), a nomeação deixou claras duas coisas: “A presidente reconhece que não conseguiu gerir o Brasil e Lula corre do juiz Sérgio Moro”.

O deputado Rogério Marinho (RN) também foi para a frente da sede do Poder Executivo. “Eles não entenderam a mensagem: no último domingo 6 milhões de pessoas foram às ruas. A resposta do PT foi trazer o Lula para dar um golpe na nação e fugir da Justiça”.

De outro lado, um pequeno grupo se formou para defender Dilma, Lula e o PT. Mas a quantidade de manifestantes pró-governo é insignificante diante da quantidade dos que protestam contra os malfeitos de Lula e companhia.

(Reportagem: Marcos Côrtes e Djan Moreno/ foto: Alexssandro Loyola)