Voto em separado
Izalci defende rejeição das contas do governo Dilma por irregularidades graves
Para o deputado Izalci (DF), é inadmissível que o Congresso Nacional aprove as contas da presidente Dilma depois da descoberta de inúmeras irregularidades. Em grande expediente nesta terça-feira (1º), o tucano detalhou as falhas já apontadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que recomendou a rejeição das contas.
Em fevereiro, o parlamentar protocolou na Comissão Mista de Orçamento voto em separado contrariando a decisão do relator, senador Acir Gurcacz (PDT-RO), que pediu a aprovação das contas com ressalvas. Para Izalci, Dilma tentou enganar a população com as pedaladas fiscais e a maquiagem nas contas públicas. “Agora, em janeiro de 2016, o Tesouro pagou 72 bilhões de pedaladas. Então, está aí o crime confessado. Cometeu o crime de responsabilidade fiscal, cometeu crime contra a Constituição Federal”, argumentou.
Izalci citou adiantamento concedido pela Caixa Econômica à União para programas sociais, como Bolsa Família. “Peguem o balanço da Caixa: está escrito lá que ela tem para receber da União. Agora, se pegar o balanço da União, não se vê essa dívida. Maquiaram, enganaram o povo. Estão aí as consequências: desemprego, inflação. Isso é consequência da irresponsabilidade fiscal”, lamentou.
O tucano destacou ainda o adiantamento de mais de R$ 1 bilhão concedido pelo FGTS à União para cobrir despesas no Minha Casa Minha Vida. “O governo pegou o dinheiro do fundo de garantia, que é do trabalhador, e pagou suas contas, e ainda maquiou. Isso não aparece como dívida. Por isso estava tudo bem. Em 2014, tudo estava maravilhoso”, alertou.
Na época da campanha à reeleição, Dilma afirmou que faria o diabo para ficar no poder, lembrou Izalci. “Está aqui o diabo, e estão aí as consequências agora. Querem que o policial militar pague a conta, que os médicos paguem a conta, que o funcionalismo público pague a conta”, completou.
Outro ponto levantado pelo tucano para justificar a rejeição das contas é a questão dos empréstimos do BNDES. Segundo ele, empresários amigos de Lula e Dilma foram beneficiados e quem paga a conta são os brasileiros. Além disso, a gestão petista promoveu uma mudança da meta fiscal quando entendeu que não conseguiria cumpri-la.
“Os efeitos dessa condução irresponsável da economia brasileira estão sendo sentidos hoje, em fevereiro de 2016, com a degradação dos índices fiscais, recessão, desemprego e inflação. Tivesse a presidente seguido a Lei de Responsabilidade Fiscal, o nosso país não estaria numa situação desesperadora”, alertou. Izalci convidou a população a procurar seu parlamentar e cobrar a rejeição das contas de Dilma.
(Reportagem: Elisa Tecles/ Foto: Alexssandro Loyola)
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