Brasil agoniza sob os escombros produzidos pelo PT, por Antonio Imbassahy
Se 2015 já foi um ano dificílimo para o Brasil, 2016 começou com perspectivas de agravamento da crise. Será a primeira vez desde os anos 1930-1931 que o Brasil enfrentará uma recessão por dois anos consecutivos.
Há também o problema da inflação, que reduz a renda das famílias, aumenta a pobreza e a desigualdade. E a essa coletânea de más notícias junta-se o aumento do desemprego: no ano passado, 1,5 milhão de trabalhadores com carteira assinada foram demitidos.
Para este ano, serão mais 700 mil, segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho). Um terço das 2,3 milhões de pessoas que ficarão desempregadas no mundo neste ano. Uma tragédia.
Essa crise tem pai e mãe: Lula e Dilma. O modelo petista, do poder pelo poder, do populismo e da irresponsabilidade, destroçou a economia, atingiu as bases do Plano Real, gerou a escalada do desemprego, provocou o enfraquecimento dos programas sociais e gestou os maiores escândalos de corrupção conhecidos: o mensalão e o petrolão.
Hoje o Brasil agoniza sob os escombros produzidos pelo PT. E o fato é que, com a presidente Dilma, o país não tem saída. Ela já demonstrou não ter capacidade para governar. Tornou-se o principal problema do Brasil. Está desacreditada, mentiu e enganou os brasileiros. Seu afastamento é a primeira medida para uma correção de rumos. É isso o que o PSDB defende.
E ele pode ocorrer por dois caminhos: via impeachment –em discussão na Câmara, porque a presidente cometeu crime de responsabilidade– ou pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que apura se, entre outras graves irregularidades, a campanha que a reelegeu foi irrigada com recursos do petrolão, com provas materiais muito fortes sobre isso.
E enquanto essas questões não se resolvem, é necessário começar a limpar os escombros para o país respirar e preparar o caminho para o próximo ciclo.
Oposição
O PSDB está pronto, como sempre, para contribuir com o país, discutir as reformas estruturantes e reduzir o sofrimento dos brasileiros. Não vamos fazer luta política nos assuntos da economia, mas não vamos aceitar a repetição de velhas práticas que levaram o país à atual situação. Tampouco concordar com o ajuste fiscal, tal como a presidente Dilma quer, com redução de direitos dos trabalhadores, aumento de impostos e recriação da CPMF.
Se só agora, mesmo depois de 13 anos no poder, o governo quer fazer a reforma da Previdência, vamos discuti-la. Desde que se saiba qual será a proposta –que até agora ninguém sabe– e que tenha, primeiramente, o apoio explícito do PT e dos partidos da base. Caso contrário, não vamos entrar nesse jogo de cena, em que o governo finge que discute, quando o que quer mesmo é a volta da CPMF.
Mesmo comportamento teremos em relação às demais reformas necessárias, como a tributária, por exemplo. Faz parte da história do PSDB realizar mudanças estruturais. Todavia, cabe ao governo a iniciativa de apresentá-las. Foi eleito para tal.
O PSDB vai apoiar as manifestações contra o desemprego, se somando às organizações de defesa dos trabalhadores. O Partido dos Trabalhadores usou os trabalhadores para chegar ao poder. E lá chegando, os traiu. Jogou a eles o preço da sua incompetência e os prejuízos causados pela corrupção.
Os governos Lula e Dilma entrarão para a história como aqueles que lançaram o país ao abismo. Mas eles passarão. A era PT está muita próxima do seu fim.
Neste momento de acirramento da crise, a sociedade exige de todos nós esforço redobrado. O PSDB está ao lado dos brasileiros porque a indignação deles é a nossa. Nosso partido tem uma história de contribuição ao país e irá permanecer nesse mesmo caminho, do qual nunca se afastou, e apontando os rumos do futuro.
(*) O deputado Antonio Imbassahy é líder do PSDB na Câmara. Artigo publicado no portal UOL. (foto: Alexssandro Loyola)
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