Desastre social e econômico
Tucanos: sem credibilidade, Dilma não tem condições de livrar o Brasil da tragédia do desemprego
A tragédia do desemprego é uma das faces mais perversas da crise econômica que atinge o Brasil. Os índices são alarmantes: segundo dados do IBGE divulgados nesta sexta-feira, no trimestre encerrado em novembro passado, havia 9,1 milhões de desocupados, um aumento de 41,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Ou seja, 2,6 milhões a mais de pessoas passaram a engrossar a fila do desmprego. Para tucanos, a solução do problema passa pela saída da presidente Dilma do Planalto, pois a petista demonstra não ter as condições mínimas necessárias para reverter a situação.
Para o líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Imbassahy (BA), o índice é uma tragédia. “É crucial encontrarmos saídas para amenizar os efeitos da crise sobre os brasileiros. Eles não podem continuar pagando o preço da incompetência e irresponsabilidade dos governos Lula e Dilma”, postou em seu perfil no Facebook.
Diante dos dados preocupantes, o deputado Marcus Pestana (MG) defendeu a necessidade de retomada da credibilidade do país e a adoção de medidas urgentes para conter a deterioração dos empregos. Mas, para isso, o tucano aponta que é necessário, antes de tudo, a saída da presidente Dilma, grande responsável, assim como Lula e o PT, pela tragédia do desemprego que assola a nação.
VIOLENTA RECESSÃO
“Infelizmente as perspectivas não são boas”, alertou nesta sexta. Segundo ele, a tendência é de que 2016 termine com 11 milhões de desempregados no país. “E não há sinalização positiva. O BC anunciou a prévia do PIB de 2015, que deve ficar perto dos 4% negativos. A Standard & Poor’s voltou a rebaixar o rating do Brasil, a renda dos brasileiros está caindo e os juros, assim como o endividamento das pessoas, estão nas alturas. Trata-se de uma violenta recessão”, aponta.
Se no mesmo período de 2014 investigado pelo IBGE o desemprego era de 6,5%, um ano depois houve um salto, chegando a 9%. Nem mesmo o movimento do comércio no fim do ano ajudou. Já a renda média dos trabalhadores ficou em R$ 1.899 no trimestre até novembro, uma queda de 1,3%.
Na última quarta-feira, Imbassahy disse que o governo petista “gerou a tragédia do desemprego”. O parlamentar também destacou que o partido vai apoiar as manifestações contra essa tragédia, se somando à Força Sindical e às entidades de defesa dos trabalhadores. Segundo ele, ao longo dos últimos 13 anos, toda vez que o PT teve que escolher entre seus interesses e os do Brasil, optou pelos seus.
“Este governo do populismo e da irresponsabilidade destroçou a economia, atingiu as bases do Plano Real e gerou a tragédia do desemprego”, disse. No seu pronunciamento, afirmou ainda que o afastamento de Dilma como medida essencial para o Brasil superar a crise.
ERROS EM SÉRIE
Os erros na economia, avalia Pestana, começarama se acentuar no segundo mandato do ex-presidente Lula. Somado a isso, o tucano afirma que o esforço de manipulação para ganhar eleições, a irresponsabilidade fiscal, a contabilidade criativa e as pedaladas fiscais jogaram o país na crise atual.
Agora, o centro da crise está concentrado no governo federal. De acordo com o tucano, para sair de uma situação como essa é preciso que o Brasil passe por processo semelhante ao que a Argentina tem vivenciado, com a retomada da confiança com o presidente Macri.
“É preciso um governo forte, com disposição, apoio político, credibilidade e convicção. O governo Dilma não tem nenhum desses requisitos. Esse é o impasse brasileiro e o desemprego deve se aprofundar durante este ano”, lamenta. Pestana explica que, para retomar o caminho do crescimento sustentado, deve haver uma troca de governo, iniciando-se uma nova gestão nascida das urnas e com o apoio da sociedade, como acontece no país vizinho. Aqui, Dilma amarga ampla reprovação popular.
“É muito difícil visualizar qualquer saída do modo como está. Ela [Dilma] não tem condições de gerar as mudanças necessárias”, reiterou. É por essa razão, explica o deputado, que a oposição tem insistido no afastamento da presidente, seja com a cassação do seu mandato pelo TSE, devido aos crimes eleitorais cometidos, ou por meio do impeachment.
(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)
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