De mal a pior
“Pátria Educadora” sofre consequências do descaso do Planalto com o setor, lamenta Caio Narcio
O Brasil é o segundo país com a pior qualidade na educação de jovens, de acordo com pesquisa publicada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Cerca de 12,9 milhões de estudantes com 15 anos de um total de 15,1 milhões que compõe o universo do estudo não têm capacidades elementares para compreender o que leem, nem conhecimentos essenciais de matemática e ciências. Destes, 1,1 milhão são brasileiros.
Para o deputado Caio Narcio (MG), os dados contradizem o lema tão falado pela presidente Dilma: “Pátria Educadora”. “O governo dela pode ser chamado de qualquer coisa menos de pátria educadora”, criticou nesta quinta-feira (11).
Segundo os dados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), dos 64 países analisados, o Brasil ficou atrás apenas da Indonésia, que tem 1,7 milhão de estudantes com baixo desempenho, ou seja, o segundo pior resultado do mundo entre as nações analisadas.
Na opinião do parlamentar, esses números refletem a falta de investimento na educação. Ele lembra que o setor sofreu cortes bilionários no ano passado. “Infelizmente a pátria educadora é só o slogan do governo, que na realidade trabalhou contrário e nem manteve o orçamento da educação do ano anterior. Isso reflete no ensino, tanto na ponta quanto na base, quando os professores e a estrutura não têm investimento de qualidade”, justifica.
Outra constatação do estudo é de que o Brasil está no “top 10” de países mais desiguais do mundo no que diz respeito à diferença de desempenho entre estudantes de classes sociais altas e baixas.
Para Caio Narcio, o governo da presidente Dilma não prioriza a educação. “A pátria educadora é só slogan de governo, apenas marketing que não corresponde à realidade. A prioridade deles é destinar recursos para eles mesmos”, concluiu.
(Reportagem: Elayne Ferraz/ Foto: Alexssandro Loyola)
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