Registro histórico


Deputados prestigiam lançamento de coletânea de discursos de Luiz Carlos Hauly

Exercendo o sétimo mandato, o deputado Luiz Carlos Hauly (PR) usa o instrumento dos pronunciamentos em Plenário como uma arma poderosa na defesa intransigente dos interesses do país. “Fui firme na tribuna”, explica ele na apresentação do livro “Era o que tinha a dizer”, lançado esta quarta-feira (09), no Salão Nobre da Câmara, em Brasília. Parlamentares de vários partidos prestigiaram o evento.

Ao destacar a importância desse registro, o tucano afirmou que são relatos da história brasileira. “Todos os discursos estão gravados e inscritos nos anais da Casa”, ressalta. O deputado diz que a crise política, econômica e social já estava por ele descrita em pronunciamentos do Plenário e nas reuniões das comissões temáticas.  

“Embora já fizesse a previsão de que o Brasil entraria num colapso muito grande pela incompetência, corrupção, desgoverno, destruição da base parlamentar e da economia, vejo que a situação é muito pior”, afirma.

Editado pelo jornalista José Antonio Pedrialli, o livro reúne uma coletânea de discursos dos últimos dez anos de vida parlamentar, até janeiro de 2011, período em que se afastou para assumir, pela segunda vez, a Secretaria de Fazenda do Paraná, ao lado do governador Beto Richa.

Dividido em 11 temas, o livro revela um homem atento aos temas da atualidade no Brasil e no mundo. Nele, relata a insistência para que o Congresso se coloque contra os exageros das medidas provisórias propostas pelo Executivo; a defesa do Parlamentarismo – para ele a melhor alternativa ao modelo presidencialista que, segundo ele, caducou.

Entre os discursos há muitas páginas destinadas ao tema que ele elege como um dos pilares para que o Brasil caminhe para o desenvolvimento: a reforma tributária, centrada na tributação de no máximo 12 itens. De acordo com o tucano, alimentos, remédios e roupas deveriam ser isentos de cobrança de impostos.

Dentro da lógica de um governo que se diz ao lado do trabalhador, Hauly questiona o “choro” do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, em 2007, reclamou do fim da cobrança da CPMF, a mesma contribuição que o governo Dilma insiste em recriar.

“Quando perdeu a CPMF, que garantia R$ 39 bilhões aos cofres do governo, Lula acusou a oposição de ‘ter acabado com ele’”, relembra o tucano. Dois anos depois, feitas as contas, o governo aumentara a arrecadação em R$ 50 bilhões resultado de aumentos na cobrança do imposto de renda, de importação e contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL).

 (Reportagem: Ana Maria Mejia)

Compartilhe:
9 dezembro, 2015 Últimas notícias Sem commentários »

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *