Luta pela cura


Lobbe Neto cobra agilidade na avaliação da fosfoetanolamina para o combate ao câncer

22548951377_a229a39769_zO deputado Lobbe Neto (SP) foi um dos proponentes do debate sobre o uso de fosfoetanolamina sintética realizado nesta quinta-feira (12) pela Comissão de Seguridade Social e Família. A substância, usada no tratamento de câncer, ainda não possui registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e foi estudada por um professor e pesquisador da Universidade de São Paulo (USP), também presente no debate. Para o tucano, a mesma agilidade que o governo tem para editar medidas provisórias e aumentar impostos deveria ser usada para fazer o registro da substância.

“Precisa haver um apoio governamental que resolva uma situação dessas, daqueles que querem e necessitam”, alertou o tucano. Uma liminar do Tribunal da Justiça de São Paulo impediu que os pacientes tivessem acesso à substância. Para que a segurança e a eficácia sejam atestadas, é preciso que haja pesquisas científicas, já em andamento. A distribuição exige licenças e registros liberados pela Anvisa e o Ministério da Saúde.

De acordo com o tucano, a Anvisa liberou a venda de drogas como cigarro, que possui cerca de 4 mil substâncias cancerígenas, e álcool. No entanto, uma substância que trouxe significativos sinais de melhora nos pacientes, inclusive em estado terminal, é ignorada. Os pesquisadores também precisam da liberação para testes clínicos, pois os demais já foram realizados.

O parlamentar apontou ainda que a pesquisa científica no Brasil precisa de apoio e incentivo. Conforme foi apontado pelos convidados e parlamentares que acompanham o processo, há cerca de quatro anos a equipe que estuda a substância busca junto ao órgão regulador a documentação necessária, mas nunca obtivere resposta.

 “Temos que fazer em menos tempo para salvar as vidas. Os pacientes não podem ser interrompidos no seu tratamento agora”, apontou. Segundo o tucano, o governo deve pensar em duas linhas: fazer análises clínicas e não interromper o acesso ao produto. “Precisamos que o governo tome uma atitude”, cobrou. No exterior, os trabalhos da equipe já foram reconhecidos.

Participaram da audiência o professor e pesquisador da USP Gilberto Chierice, que estuda a fosfoetanolamina; a superintente de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, Meireze Sousa Freitas; o oncologista do Hospital Universitário de Brasília (HUB), Sandro Martins; e o coordenador da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), Jorge Venâncio. De acordo com Meireze, a Anvisa nunca recebeu esses pedidos e não é a intenção do órgão inibir estudos tão importantes. Ela apontou ainda que a droga merece ser estudada, mas sem pular os devidos processos.

(Reportagem: Thábata Manhiça/ Foto: Alexssandro Loyola)

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12 novembro, 2015 Últimas notícias Sem commentários »

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