Pátria Educadora?

A pedido de tucanos, Mercadante abordará problemas e desafios na educação em audiência pública

Tucanos lembram que presidente disse que sua prioridade era transformar o Brasil em uma “Pátria Educadora”, mas até agora muito pouco foi feito nesta direção.

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, virá nesta quarta-feira (11) à Câmara dos Deputados para prestar esclarecimentos, entre outros pontos, sobre como o governo pretende cumprir as metas do Plano Nacional de Educação (PNE) diante das sucessivas trocas de condução da Pasta e dos cortes orçamentários previstos para o ano que vem. Marcada para as 9h30, no plenário 10, a reunião foi solicitada pela bancada do PSDB na Comissão de Educação.

Mercadante é o terceiro ministro a ocupar o cargo este ano. Antes dele, o ministério foi comandado por Cid Gomes e Renato Janine Ribeiro. Além deles, Luiz Cláudio Costa atuou parte do ano como ministro interino. Como destacam os tucanos, as trocas ocorrem no ano em que o país deveria implantar o novo PNE e agir para tornar real o slogan “Pátria Educadora”, que até agora não passou de marketing petista.

Apesar de a presidente Dilma ter dito que a prioridade do seu 2º mandato é a Educação, parlamentares do PSDB dizem que 2015 vem sendo marcado por acúmulo de problemas e cortes como nos programas do Fies, Pronatec, greve nas federais, baixos indicadores educacionais no País na alfabetização de crianças até o terceiro ano do fundamental público, séries finais do fundamental, ensino médio, entre outros graves problemas.

Na audiência, também serão debatidas sugestões de emendas ao Projeto de Lei do Plano Plurianual 2016-2019.

TESOURADA

No orçamento enviado ao Congresso, o governo prevê pouco mais de R$ 2 bilhões para o programa Ciência sem Fronteiras, que oferece bolsas para estudantes brasileiros no exterior. O valor é a metade do que estava previsto para este ano.

O Pronatec, o programa de ensino técnico do ministério, também terá menos recursos em 2016: pouco mais de R$ 1,5 bilhão de reais, contra R$ 4 bilhões em 2015.

(Da redação, com Agência Câmara/Foto: Alexssandro Loyola)