Preços em alta

Inflação corrói salário de trabalhadores que ganham até 2 salários, alerta Hauly

A inflação para as famílias que têm renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos atingiu 10,67%, segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Conhecido como o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-C1), esse índice acelerou a 0,70% em outubro contra 0,48% em setembro, seguindo a tendência de alta registrada nos últimos 12 meses. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a inflação oficial brasileira, fechou outubro em alta de 9,77%, segundo o IBGE. Já o IPC-BR da FGV, que mede a inflação geral, tem alta de 10,01%.

Diante desses números, o deputado Luiz Carlos Hauly (PR) afirma que a inflação é altamente corrosiva, especialmente para as famílias de trabalhadores que ganham menos. “Eles já pagam as mais altas taxas de juros do cartão de crédito, do cheque especial, do crédito direto ao consumidor”, critica o tucano.

Ele ressalta que a tributação sobre essa categoria também é muito alta. “É a mais alta carga tributária do mundo”, diz ele, citando que, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), do governo federal, um trabalhador brasileiro que ganha até dois salários mínimos tem uma carga tributária de 53,9%, ou seja, em mil reais de salário tem 539 reais de impostos diretos e indiretos. “É insustentável”, reclama.

Entre os ‘vilões’ que pressionaram a inflação da baixa renda estão a gasolina, os alimentos e a tarifa de eletricidade residencial. O aumento de 5,49% no preço da gasolina pressionou o setor de transporte, que subiu 1,44% em outubro. Entre os alimentos destacam-se aves e ovos, que tiveram aumento de 3,31%, e a tarifa de energia residencial, que subiu 1,49%, só em outubro.

Na avaliação do deputado Hauly, o quadro revela que o Brasil vive uma recessão econômica que diminui receitas e compromete a execução de programas sociais, tanto para a União, quanto para os governos estaduais e municipais. “Mas é muito mais difícil para as empresas, as famílias e especialmente as famílias que se enquadram na chamada baixa renda”, diz o tucano.

Hauly ressalta que o governo do PT, representado pelo ex-presidente Lula e Dilma Rousseff, é o pior da história do Brasil especialmente para aqueles que confiaram neles. É uma contradição o PT, Partido dos Trabalhadores, chegar ao poder e deixar o FGTS, que é o patrimônio do trabalhador, ser renumerado a 3% ao ano mais uma taxa de correção de 0,6% de ATR, enquanto ele paga 14,25% de juros e o trabalhador chega a pagar 300% de juros no cartão de crédito, no cheque especial. “É um governo condenável, injusto, incompetente e corrupto”, disse ele.

(Reportagem: Ana Maria Mejia/ Foto: Alexssandro Loyola)