Máscara caiu

Tucanos repudiam  incitação à violência por líder petista e agressão a manifestantes

Um dia depois do incentivo à violência por parte do líder do PT na Câmara, Sibá Machado (AC), o gramado em frente ao Congresso foi palco de agressões entre manifestantes. Militantes do Movimento Brasil Livre (MBL), que defendem o impeachment da presidente Dilma, e integrantes do Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST) se desentenderam na tarde desta quarta-feira (28).

Na noite de terça (27), Sibá ameaçou representantes do MBL que assistiam à sessão da galeria. “Eu vou juntar gente e vou botar vocês pra correr daqui do Congresso. Vocês são vagabundos. Vamos pro pau com vocês agora”, gritou o petista do plenário.

A ameaça do petista foi duramente criticada por deputados do PSDB. Luiz Carlos Hauly (PR) cobrou do presidente da casa, Eduardo Cunha, providências para resolver o conflito entre os manifestantes. “Em função da irresponsabilidade do líder do PT, colocaram militantes do partido para agredir os jovens. Isso tem que custar caro para eles”, afirmou.

A população viu a máscara do PT cair com os gritos de Sibá, frisou o deputado Rocha (AC). “Aqueles que se dizem democratas, hoje pregam abertamente a violência contra aqueles que ousam se manifestar, o que é um direito garantido pela Constituição Federal”, explicou o tucano. O PT que, em 1988, negou a Constituição, hoje tem suas maiores lideranças na cadeira ou sendo investigadas por corrupção.

“O PT quer a democracia, mas a democracia da Venezuela, de Cuba. Vamos continuar lutando para não deixar que o Brasil se transforme naquilo que os petistas querem, para não deixar que os petistas continuem roubando”, disse Rocha.

O 1º vice-líder do PSDB na Câmara, Nilson Leitão (MT), afirmou que os integrantes do MBL faziam um protesto de forma respeitosa e comportada, mas foram agredidos por baderneiros. “Infelizmente esses que estão com bandeiras vermelhas estão agredindo as pessoas com intransigência”, lamentou.

Já o deputado Daniel Coelho (PE) relatou ameaças sofridas por telefone na terça, após fazer um discurso sobre o enriquecimento de Lula e seus filhos. Duas pessoas ligaram em seu gabinete com xingamentos e ameaças. A Polícia Legislativa foi acionada para identificar os responsáveis pela ação. “Podemos divergir, o que não cabe é o estímulo à violência. Não vou aceitar intimidação, vou ocupar a tribuna quantas vezes achar que devo para criticar qualquer um”, finalizou.

É triste ver manifestações democráticas sendo confrontadas por outros grupos, afirmou o deputado Rogério Marinho (RN). “Eles são, na verdade, aqueles que agridem a Constituição, porque atentam contra a propriedade privada e contra o Estado de Direito. Essa é uma tática fascista e tem que ser denunciada, tem que ser combatida”, disse.

 (Da redação/ Foto: Alexssandro Loyola)