Investigação importante


Eleita presidente, Mariana Carvalho diz que CPI buscará dar respostas legais a crimes cibernéticos

Por unanimidade, a deputada Mariana Carvalho (RO) foi eleita nesta terça-feira (11) presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito que investigará crimes cibernéticos contra a economia e a sociedade. Segundo a tucana, a instalação da CPI está sintonizada com a situação atual do país, onde os brasileiros usam bastante a rede. “Cada vez mais vemos esse tipo de crime sendo cometido e eles precisam de uma resposta em termos de legislação para que haja uma punição efetiva”, explicou.

De acordo com a congressista, a rede mundial de computadores facilita o dia a dia da sociedade. No entanto, é preciso estar atento em relação ao uso consciente das ferramentas disponíveis. No país, são milhões de pessoas não só conectadas, mas que também gostam de navegar na internet. Conforme destacou Mariana, enquanto a média mundial de conexão diária é de 356 minutos, no Brasil chega a 750 minutos.

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Como lembrou a tucana, um dos casos que inspiraram a instalação da CPI foi a operação do Polícia Federal IB2K, que buscava desarticular uma quadrilha suspeita de desviar pela internet mais de R$ 2 milhões de correntistas de diferentes bancos. O dinheiro desviado era utilizado para a compra de armas e drogas. 

OBJETO AMPLIADO – No entanto, Mariana pondera que o colegiado não ficará restrito aos crimes financeiros, objeto inicial das investigações, mas abrangerá também aqueles relacionados à honra e à pessoa – incluindo invasão de privacidade, racismo, pedofilia e homofobia. “Muitas vezes, por estarem atrás de uma tela, as pessoas acabam sentindo uma segurança e muitas vezes não têm limites para dizerem o que pensam”, avaliou. 

Para se ter uma ideia da dimensão do problema, segundo o último relatório da Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos, entre 2013 e 2014 houve um crescimento de 192,93% nas denúncias envolvendo páginas na internet suspeitas de tráfico de pessoas.

Para a tucana, o tema é polêmico, atual e coloca todos como potenciais vítimas. Por isso, é importante valorizar o trabalho que será feito pelo colegiado. Na próxima quinta-feira, o relator, Espiridião Amim (PP-SC), apresentará o plano de trabalho. Para o melhor andamento dos trabalhos, devem ser criadas sub relatorias, que ainda serão definidas.   

Além de Mariana, Bruna Furlan (SP) e Daniel Coelho (PE) são integrantes titulares pelo PSDB, enquanto Nelson Marchezan Junior (RS) está na suplência. 

(Reportagem: Thábata Manhiça/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)

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11 agosto, 2015 Últimas notícias Sem commentários »

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