Sob suspeita
Deputados destacam cruzamento das contas de campanha com viagens de Dilma em 2014
Parlamentares do PSDB avaliam que o cruzamento da prestação das contas de campanha com as viagens presidenciais de Dilma Rousseff é uma medida importante tomada pelo Tribunal Superior Eleitoral. O objetivo do TSE analisar se houve abuso de poder político e econômico.
“A confirmação dessa prática caracteriza o uso despudorado da máquina pública em favor da sua reeleição, configurando crime eleitoral”, afirmou o deputado Antonio Imbassahy (BA).
Ao comentar o tema em seu perfil no Facebook, o líder tucano na Câmara, Carlos Sampaio (SP), afirmou: “As chances da Dilma ser afastada da Presidência, por decisão do TSE, são cada dia mais reais. Estamos tendo importantes vitórias neste tribunal, no sentido de se reconhecer o abuso do poder econômico da campanha em 2014”, escreveu.
Sampaio lembrou que o TSE já havia determinado que o empreiteiro preso Ricardo Pessoa, que disse ter sido extorquido pelo tesoureiro do PT, fosse ouvido. Isso ocorreria nesta terça, mas a oitiva foi adiada.
“Agora essa Corte determinou, a nosso pedido, que fossem cruzados os dados da prestação de contas da campanha da Dilma com seus gastos em viagens e eventos ocorridos no período eleitoral do ano passado. Essa prova é muito importante para confirmarmos o uso descarado da máquina pública em favor da sua reeleição”, completou Sampaio. “Tenham certeza, amigos, não vou descansar até que a Dilma seja, legalmente, afastada da Presidência!”, completou.
De acordo com reportagem da “Folha de S. Paulo”, o levantamento será avaliado junto com os depoimentos de delatores do esquema de corrupção da Petrobras no pedido de cassação feito pela oposição contra a petista e o vice Michel Temer (PMDB).
Os documentos já foram enviados pela Presidência à Justiça Eleitoral. No ano passado, Dilma conciliou em viagens eventos oficiais e atos de campanha. Na ação, a oposição sustenta ainda que Dilma deve deixar o comando do país porque as campanhas do PT teriam sido financiadas com dinheiro de corrupção na Petrobras, o que tornaria a eleição “ilegítima” e viciada.
Outra acusação é que o governo segurou divulgação de dados oficiais durante as eleições e fez pronunciamentos em cadeia de rádio e TV para promover a petista. De acordo com o jornal, a expectativa é de que a ação seja analisada entre agosto e setembro pelo Tribunal.
(Da redação, com assessoria do deputado Antonio Imbassahy/ Imagem: reprodução/Facebook – Carlos Sampaio)
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