Economia patina
Governo federal erra ao reduzir fortemente os investimentos, alerta Daniel Coelho
Vice-líder do PSDB na Câmara, o deputado Daniel Coelho (PE) disse nesta sexta-feira (10) que o governo federal erra mais uma vez ao reduzir investimentos, pois isso deixa a economia brasileira ainda mais vulnerável. Levantamento do “Contas Abertas” mostra que, no primeiro semestre, a aplicação de recursos em obras e aquisições teve o pior desempenho dos últimos seis anos. Apenas R$ 17,4 bilhões foram investidos, uma queda de 41,3% em relação aos R$ 29,7 bilhões aplicados no mesmo período de 2014. A retratação nos investimentos ocorreu em todas as fases da execução orçamentária e atingiu praticamente todos os setores.
“Manter os investimentos e a renda da população são as duas coisas básicas que deveriam ser feitas em momento de crise. Somado a isso, deveria haver uma redução do custeio. O investimento traz retorno social, preserva os empregos e aquece a economia. Mas do jeito que está, infelizmente, a tendência é piorar”, alertou.
Para Daniel, o governo Dilma tem agido de maneira completamente contrária ao esperado pela população. Conforme lembrou, a petista começou o ano fazendo cortes no orçamento do trabalhador, aumentando impostos, diminuindo direitos trabalhistas e, além disso, reduzindo os investimentos. “O corte deveria ser no custeio, na diminuição de ministérios e cargos comissionados. É aí que deveria cortar para manter o investimento e a renda do trabalhador, da população em geral”, reiterou.
Números – Chama atenção a redução dos valores empenhados, primeira etapa da execução orçamentária, quando os valores são reservados em orçamento para serem pagos posteriormente. Segundo o “Contas Abertas”, a queda foi de de 63%, passando de R$ 30,9 bilhões em 2014 para R$ 11,4 bilhões neste exercício.
O Ministério da Defesa foi a pasta que sofreu a maior redução (R$ 2,9 bilhões a menos que em 2014, em valores correntes), passando de R$ 5,4 bilhões para R$ 2,5 bilhões. O Ministério dos Transportes teve diminuição de R$ 1,8 bilhão. Outras reduções importantes aconteceram na Educação (R$ 1,3 bilhão), na Saúde (R$ 729 milhões) e no Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (R$ 372,7 milhões).
“Ou seja, ela agrava a crise com esse tipo de solução. E o que é de espantar é que o governo sequer cogita a possibilidade de diminuir seu custeio, a estrutura da máquina. Trata-se de um desrespeito completo e que contradiz o discurso eleitoral”, concluiu Daniel Coelho.
(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: / Áudio: Francisco Maia)
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