Tese furada
Golpismo é o estelionato eleitoral promovido por Dilma, rebatem tucanos
Deputados do PSDB voltaram a repudiar a tese de golpe propagada pela presidente Dilma. Em entrevista à “Folha de S.Paulo” publicada no domingo, a petista acusou a oposição de ser “um tanto golpista” e mostrou mais uma vez desprezo pelo instrumento de delação premiada, usado nas investigações da Operação Lava Jato.
Tucanos repudiam tese do golpismo encampada por Dilma e petistas após agravamento da crise
Para o líder da Minoria na Câmara, Bruno Araújo (PE), é enorme a diferença entre os delatores da ditadura e aqueles que hoje entregam criminosos. Em relação à teoria de golpe, o tucano acredita que golpista foi a atitude de Dilma ao prometer não mexer no valor do combustível e da energia durante a campanha eleitoral.
“O mundo assiste perplexo a uma crise que é econômica, mas tem seu carro-chefe na crise política da própria presidente”, destacou Araújo. As oposições cumprem seu papel ao apresentar denúncias, completou o parlamentar. “Fica o registro da nossa solidariedade e confiança nas instituições que funcionam independentemente de posicionamento ideológico”, observou.
A presidente foi eleita por mais da metade dos eleitores, mas hoje esbarra no descrédito de nove em cada 10 brasileiros. Em vez de afirmar “Eu não vou cair”, ela deveria dizer “Eu não vou pular”, destacou da tribuna o deputado Caio Nárcio (MG). “Aí teríamos um termo apropriado para quem está despencando”, frisou.
Segundo o tucano, quem sofreu um golpe foi a população. Dilma ganhou a eleição com votos de estudantes, aposentados e trabalhadores, mas logo que assumiu cortou direitos e benefícios. “Quem está aplicando um golpe são aqueles que se utilizam de mentira e corrupção para se manter no poder. O golpe aqui é o governo que dá”, declarou.
A oposição continuará vigilante e cobrará soluções para os desacertos da gestão petista, frisou em plenário o deputado Betinho Gomes (PE). Em convenção nacional no último domingo, o PSDB reafirmou o compromisso de defender a democracia e a Constituição. “Não podemos ficar imobilizados diante de um governo que imobilizou a população. Queremos uma solução para a crise sempre lastreada pela Constituição”, finalizou.
(Reportagem: Elisa Tecles/ Foto: Alexssandro Loyola)
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