No vermelho
Para Gomes de Matos, sobrou para o consumidor bancar a irresponsabilidade da gestão petista
Castigados pela crise e pelos péssimos indicadores econômicos, os brasileiros não enxergam sinalização de melhora por parte da gestão petista. Em disparada, a inflação, o endividamento, as tarifas da conta de luz e o desemprego não param de subir. De acordo com o deputado Raimundo Gomes de Matos (CE), isso é consequência de um acúmulo de irresponsabilidades do PT, desde a época do ex-presidente Lula.
Segundo pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio, o endividamento das famílias brasileiras ultrapassa 60%. Outro dado apontado é que 21% das famílias têm dívida em atraso e 7,9% não terão como pagar. Esse é o maior índice desde outubro de 2012. Mas não é para menos: o grupo de bens não duráveis, que inclui alimentos, produtos de higiene pessoal, itens de limpeza, e outros industrializados, subiu 12,46% no primeiro semestre deste ano, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15).
Já o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta outros índices dramáticos: nos últimos 12 meses, apenas 31 dos 365 produtos e serviços pesquisados registraram baixa. “O total descontrole das contas públicas gerou toda essa instabilidade nas contas do país e o governo agora quer colocar nos ombros da população essa responsabilidade”, criticou Gomes de Matos.
O que está ruim ainda pode piorar. O Banco Central voltou a estimar a alta da inflação, desta vez alcançando 9,04%. Com ela aumenta também o desemprego que, de acordo com o IBGE, chegou a 6,7% em maio, o mais alto desde agosto de 2010. Além disso, nos últimos meses o rendimento real médio dos trabalhadores caiu 5% e a massa salarial, de novembro de 2014 a maio deste ano, encolheu 10%.
Reeleito presidente nacional do PSDB no domingo (5), o senador Aécio Neves destacou: “O desafio nacional é, de novo, controlar a inflação retomar o crescimento, garantir os empregos e evitar o agravamento da crise social na qual já estamos mergulhados. Fato é que a irresponsabilidade e a incompetência nos levaram à pior equação econômica entre as nações emergentes”.
“Pelas estimativas hoje disponíveis, neste ano o mundo irá crescer em torno de 3,5%, os países emergentes vão avançar mais de 4% e a economia do Brasil vai retroceder 2%”, apontou. “A realidade aí está: voltamos a ser um país desorganizado. Sem projeto. Sem segurança jurídica. Sem confiança no futuro. Entre os principais componentes desta mistura indigesta, estão a maior recessão econômica em mais de 20 anos, uma inflação altíssima e o desemprego em forte escalada”, lamentou.
Energia em alta
Para Gomes de Matos, não há como cobrar essa fatura da população. Mas não parece ser esse o pensamento do governo, já que as bandeiras tarifárias nas contas de energia elétrica vêm causando um rombo no bolso do consumidor. Com a novidade já foram arrancados dos brasileiros cerca de R$ 3,9 bilhões no primeiro semestre de 2015.
A Agência Nacional de Energia Elétrica afirma que as bandeiras não estão sendo suficientes para cobrir os gastos extras das distribuidoras com o uso das térmicas e com a compra de energia. Segundo a Aneel, as despesas do ano passado afetarão os reajustes nas contas até dezembro, mas o déficit das bandeiras tarifárias será eliminado nos próximos meses.
Outra medida adotada por Dilma para dificultar ainda mais a vida dos brasileiros é o aumento nas contas. O primeiro, já aplicado, fez subir em até 40% as contas de energia e está relacionado ao uso intensivo de usinas térmicas, mais caras.
Sem saída
Para o deputo tucano, é muito difícil encontrar uma saída de curto ou médio prazo diante do descontrole petista. “A presidente Dilma não demonstra nenhuma sinalização de cortar na própria carne. Não diminui o número de ministérios, a gastança nas estatais, as autarquias. Se ela demonstrasse para a população que também estava fazendo redução dos gastos, diminuindo a máquina, talvez até a população compreendesse a necessidade de fazer um sacrifício”.
(Reportagem: Thábata Manhiça/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)
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