Rotas em atraso
Otavio Leite defende obras de acessibilidade antes das Paralimpíadas Rio 2016
De um lado, a perspectiva otimista por medalhas e, do outro, a preocupação com o legado social das Paralimpíadas dos Jogos Rio-2016. Esses dois pontos foram o destaque da audiência pública que debateu na última terça-feira (26) os preparativos para os jogos na Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência.
O gerente de Sustentabilidade e Acessibilidade da Empresa Olímpica Municipal, Luiz Pizzotti, garantiu que as obras para garantir a acessibilidade dos locais dos jogos estão adiantadas. No entanto, ele reconheceu que os trabalhos para fazer rotas acessíveis na cidade do Rio de Janeiro sequer foram orçados pela prefeitura da cidade. O autor do requerimento para realizar a audiência, deputado Otavio Leite (RJ), questionou a situação.
“Esse é o ponto que ficou com uma pendência na informação. As chamadas rotas turísticas, que são roteiros onde as pessoas percorrem para visitar sítios turísticos da cidade. Ora, é óbvio que eles também têm que estar adaptados, não para a Paralimpíada, mas para sempre na cidade. Isso me chamou a atenção porque ainda está em fase de orçamento e eu vou questionar a prefeitura do Rio de Janeiro sobre isso.”
Os Jogos Paralímpicos do Rio-2016 irão reunir mais de quatro mil atletas de quase 200 países. A delegação brasileira irá ultrapassar 200 atletas e terá representantes em todas as 22 modalidades. O presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Andrew Parsons, apontou que meta brasileira é ousada:
“A nossa meta é sair do sétimo lugar de Londres que já é um resultado bastante expressivo para o quinto lugar no Rio-2016. Ou seja, se a gente pegar os resultados de Londres, temos que ultrapassar a Austrália e os Estados Unidos, países que são potências esportivas e paralímpicas. Mas nós temos reunido um planejamento muito consolidado, uma geração de atletas extremamente talentosos e temos tido muito apoio de diversos níveis de governo.”
O presidente do Comitê Paralímpico também destacou que os Jogos têm o papel de ampliar ganhos sociais, como o aumento das vagas em hotéis para pessoas com deficiência, a criação de rotas acessíveis, além da visibilidade dos esportes adaptados para que empresas privadas invistam no setor. Hoje, praticamente todo o dinheiro aplicado em incentivo aos atletas com deficiência vem do governo.
(Do PSDB-RJ/ Foto: Alexssandro Loyola)
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