Atitude criminosa
Bruno Araújo diz que declaração de ministro sobre pedaladas é confissão de crime
Nesta quarta-feira (6), em audiência na Câmara, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, disse que “pedaladas fiscais” devem ser encaradas como um contrato de aluguel e que o governo começou a reduzir os “desequilíbrios” nos repasses de recursos do Tesouro a instituições financeiras, como a Caixa Econômica Federal, a partir do segundo semestre de 2014 e que hoje esses desequilíbrios “se encontram em níveis mínimos”.
Além disso, o ministro admitiu que pretende utilizar os recursos do Fundo de Investimento do FGTS, o FI-FGTS, para financiar projetos pelo BNDES e reconheceu que a dívida do Tesouro com a Caixa atingiu valores “excessivos e não usuais”.
Para o líder da Oposição, deputado Bruno Araújo (PE), a declaração do ministro é confissão de crime de responsabilidade e pode servir de embasamento para estudo de pedido de impeachment da presidente Dilma. “O governo não pode usar um banco público dessa forma. Isso é crime previsto em lei. Qual foi o real prejuízo da Caixa Econômica com essa operação?”, questionou.
Araújo lembrou ainda que o Tribunal de Contas da União (TCU) identificou operações ilegais no valor de R$ 40,2 bilhões realizadas entre 2013 e 2014. O montante refere-se a valores que o Tesouro deveria repassar aos bancos oficias para fazer frente ao pagamento de programas sociais. Sem as transferências as instituições públicas tiveram que bancar sozinhas os desembolsos. “As operações admitidas pelo ministro demonstram o quanto o PT teve que intensificar a criatividade fiscal para viabilizar uma reeleição a qualquer custo”, afirmou o deputado.
(Da assessoria da Liderança da Minoria/Foto: Alexssandro Loyola)
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