Aumenta o desemprego no governo Dilma, por Arthur Virgílio Bisneto
A população brasileira continua sendo vítima da maneira equivocada que a presidente Dilma vem conduzindo o país. E a notícia ruim da vez é o aumento da taxa de desemprego.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, esta semana, a taxa oficial de desemprego do mês de março – expressa pela taxa de desocupação –, que atingiu 6,2%. O resultado reforça a retomada do aumento do desemprego no país, sendo esse o terceiro aumento consecutivo no ano.
Quando se observa a série mensal da taxa de desemprego, nota-se que o resultado de março é o maior desde maio de 2011. Mais ainda: desde junho de 2013 que a taxa não chegava a 6%.
A variação na taxa de desemprego nesse início de 2015 é mais elevada que nos anos anteriores do governo Dilma. Em 2014, por exemplo, a taxa passou de 4,8% em janeiro para 5% em março. Agora, os valores são 5,3% e 6,2%, respectivamente. Embora todo início de ano tenha tendência de aumento da taxa por conta das demissões do pessoal contratado, para atender ao mercado mais aquecido no final de ano, o aumento mais acentuado da taxa de desemprego agora também está vinculado com o cenário econômico muito ruim.
Em termos de rendimento, os dados divulgados pelo IBGE mostram que também houve queda da renda média das pessoas, variando negativamente 2,8% quando comparado com fevereiro (e também negativamente em 3% quando comparado com março do ano passado). É a população tendo seu rendimento cada vez mais corroído.
O momento também é oportuno para citar os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) no último dia 23. Em referência ao mês de março, o ministério apontou que foram gerados 19.282 postos de trabalho com carteira assinada. Mesmo sendo positivo, esse foi o segundo pior resultado para o mês de março desde, pelo menos, o ano de 2003. No acumulado de 2015, houve perda de mais de 50 mil postos de trabalho.
A geração de emprego em 2015 vai depender muito da confiança dos empregadores quanto aos impactos que as medidas que estão sendo implementadas pelo governo terão na economia. Como os equívocos da gestão Dilma não foram pequenos e tamanha foi a sua demora em reconhecer seus erros, as perspectivas para 2015 não são nada promissoras. Mercado, setor empresarial e consumidores apontam para um cenário bastante pessimista para este ano. O próprio governo reconhece que 2015 será um ano muito difícil, prevendo inclusive inflação acima do teto da meta (que é de 6,5% a.a.) e PIB negativo.
Enfim, a classe trabalhadora brasileira ainda passará, infelizmente, por dias difíceis em 2015, com aumento da taxa de desemprego, inflação sem controle e ausência de crescimento da economia. Tudo isso resultado de equívocos do atual governo que perdeu o controle não só da economia, mas também de sua própria capacidade de governar.
(*) Arthur Virgílio Bisneto, deputado federal pelo PSDB-AM, vice-líder da Oposição e presidente estadual do PSDB no Amazonas.
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