Descentralização
Acordo para criação de sub-relatorias contribui para êxito da CPI da Petrobras, afirma líder
Já existe acordo para que a CPI da Petrobras conte com sub-relatorias para dar agilidade à investigação, afirmou o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP). Para o tucano, essa é a melhor maneira de garantir o êxito de uma comissão de inquérito, a exemplo de outras que funcionaram na Casa. As CPIs do Mensalão e dos Sanguessugas, lembra Sampaio, foram descentralizadas.
Na segunda-feira (2), o PSDB chegou a apresentar requerimento pedindo a criação das sub-relatorias para dividir as linhas de apuração. Com o acordo entre o presidente da comissão, Hugo Motta (PMDB-PB), e o relator, Luiz Sérgio (PT-RJ), Sampaio explica que não há necessidade de levar o pedido adiante. “Fico muito feliz com a decisão porque é a demonstração de que a CPI tem condições efetivas de chegar a um resultado prático”, afirmou o líder.
No total, o partido entrou com 57 solicitações na manhã de segunda, incluindo convocações, quebras de sigilo bancário, telefônico e fiscal e compartilhamento de informações. Entre os pedidos de convocação, estão os de João Vaccari, tesoureiro nacional do PT, e dos ex-presidentes da Petrobras José Sérgio Gabrielli e Graça Foster, e de José Dirceu, que também pode ter seus sigilos quebrados. O PSDB foi o partido que encabeçou o requerimento de criação da comissão. O pedido foi protocolado no dia 3 de fevereiro com 182 assinaturas.
O líder defendeu que deputados investigados em decorrência da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, não façam parte da CPI. “A partir do momento em que uma pessoa tem contra si um inquérito de investigação, é evidente que ela não pode estar na CPI”, frisou.
O presidente da CPI confirmou à Agência Câmara que o colegiado deverá criar quatro sub-relatorias para coordenar os trabalhos. Segundo ele, informações nesse sentido só serão dadas na reunião da CPI, marcada para esta quinta-feira (5), a partir das 9 horas.
(Da redação / Foto: Alexssandro Loyola)
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