Estado de inércia


Banco Mundial confirma alerta de tucanos: crescimento do Brasil em 2014 será um fiasco

Após o Banco Mundial reduzir a projeção de crescimento da economia brasileira de 2,4% para 1,5%, deputados do PSDB apontaram erros do governo federal e propuseram saídas para o estado de quase inércia do Hauly_Thamepaís. O Brasil deve ser uma das nações emergentes com as menores taxas de expansão. O Banco Mundial cita que os estrangulamentos na infraestrutura, baixa confiança dos empresários, demanda doméstica fraca e crédito mais difícil estão entre os principais responsáveis.

“A nova projeção do Banco Mundial apenas confirma a tendência de que a economia brasileira não vai bem. O crescimento será menor que o inicialmente esperado e isso reflete a péssima condução da política econômica nacional pela presidente Dilma e sua equipe”, resumiu o deputado Luiz Carlos Hauly (PR).

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A instituição também menciona a deterioração de números como as contas externas, fiscais e a persistente pressão da inflação. Indica ainda que só o aumento dos juros pode ajudar a controlar a escalada dos preços. Para Hauly, “o governo Dilma é um desastre” e tem revelado isso a cada dia na área econômica. O tucano lamenta que a petista  não tenha reagido antes e ressalta que nem mesmo a Copa conseguiu aquecer a economia.

 “Não conseguem debelar a inflação, não proporcionam crescimento, a balança comercial  está agonizando e a balança de pagamentos tem déficit enorme, com grandes prejuízos para o Brasil”, aponta o deputado. Hauly ressalta que o agronegócio sustenta os índices de crescimento. Se dependesse da indústria, o cenário seria desalentador.

 “Hoje, para cada dólar exportado de manufaturado, o Brasil importa dois dólares. É uma decadência da indústria no governo da presidente Dilma e isso significa menos empregos e salários menores para os que estão empregados. País que não se industrializa tem que conviver com baixos salários”, afirma Hauly.

Para Antonio Carlos Mendes Thame (SP), o atual cenário é resultado de uma série de equívocos. “Exemplo disso foi a ênfase no consumo e a dificuldade do governo em tratar a inflação. Foram falhas graves nesse sentido. Além de não conseguirem controlar a taxa de juros. É por essas e outras que temos um rosário de más notícias”.  

O Banco Mundial acredita que, entre os emergentes, o Brasil só deve superar países como Argentina Venezuela, Sérvia e Ucrânia. A instituição afirma que por aqui, assim como na  África do Sul e Turquia, a vulnerabilidade persiste porque há uma combinação perigosa de inflação alta e déficit da conta corrente. A projeção é que esse déficit, no caso do Brasil, piore de 3,6% do PIB em 2013 para 3,9% este ano.

Mendes Thame afirma que a situação poderia ser diferente se o governo tivesse ousado em fazer reformas e adotado medidas corretas nos momentos propícios. “Acima de tudo temos que diminuir o Custo Brasil, aumentar a competitividade dos nossos produtos e ter uma performance completamente diferente no trato com outros países”, disse. 

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)

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11 junho, 2014 Últimas notícias Sem commentários »

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