ENTRE VENEZUELA E EUA, O BRASIL ACIMA DE TODOS, POR SAMUEL MOREIRA
Estamos vivendo um tempo em que as pessoas querem que o governo represente única e exclusivamente o seu pensamento. Que tenha lado na briga ideológica entre outros países desde que seja o lado que individualmente se deseja.
Penso que cada um quer ver a expressão do seu pensamento e não a manifestação que expresse o interesse maior do país. O interesse maior do país são as ações que gerem riqueza ao nosso povo.
Cada um, individualmente, pode ter o seu lado.
Vejam o caso da Venezuela. Maduro é um ditador indecente, nem por isso o nosso governo deve se submeter ao interesse eleitoral dos Estados Unidos para estabelecer briga com a Venezuela, que já chegou a comprar US$ 500 milhões por ano de produtos do Brasil.
Fico pensando no que é bom para os negócios brasileiros, que às vezes é incompatível com o meu pensamento ideológico. Por exemplo, eu posso não gostar da política do governo chinês, mas não posso desejar que o nosso governo brigue com a China, perdendo negócios que geram riquezas para o país, apenas para satisfazer a minha ou a qualquer outra vontade individual.
Vejam, eu posso e você também pode criar problemas com estes países, mas o nosso governo não deve e não pode fazer isso, pois apenas satisfazer a minha vontade nem sempre ajuda, aliás, pode prejudicar os interesses do Brasil.
O chanceler Ernesto Araújo, sem que haja, para o país, um interesse maior em jogo, não tem que fazer eco a uma declaração do secretário de estado americano em terras brasileiras contra o governo da Venezuela. Isto neste momento é problema dos Estados Unidos e do nosso país vizinho. A briga por enquanto é deles.
O governo atual age exatamente como o governo do PT ao avesso, colocando os interesses ideológicos (neste caso, dos Estados Unidos) acima dos interesses reais e prioritários do nosso país.
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